Os preços das principais commodities pesaram e o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta a 3,40% em maio, depois de subir 2,22% em abril, de acordo com os dados informados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado do mês, entretanto, ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 3,63%, mas o índice passou a acumular em 12 meses avanço de 36,53%.
Os dados da FGV mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, registrou em maio avanço de 4,20%, contra alta em abril de 2,90%.
“A inflação ao produtor continua sustentando os resultados do IGP-DI em elevação. Nesta edição, entre as maiores influências positivas do IPA, a predominância foi das grandes commodities”, disse o coordenador dos índices de preços, André Braz, destacando os movimentos de minério de ferro (de 4,63% para 17,03%), cana-de-açúcar (de 2,75% para 19,30%) e café (de 1,23% para 10,65%)
Para o consumidor, a pressão ficou maior, uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– passou a subir 0,81% no mês, de 0,23% no mês anterior.
Entre os destaques de maio ficaram Transporte (-0,13% para 1,48%), Habitação (0,21% para 1,72%) e Vestuário(0,19% para 0,65%).
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) registrou em maio avanço 2,22%, contra alta de 0,90% em abril.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.