Quando os custos de alimentação dos suínos estão muito altos, cresce a necessidade de intensificar os esforços para aumentar a eficiência do sistema produtivo. Esse cuidado é especialmente importante na fase de crescimento dos animais. Historicamente, responsável por 70% dos custos totais, a ração responde hoje por mais de 80% de todo o capital empregado na produção de um cevado de abate. Desse montante, 60% são gerados no setor de recria e terminação, o que faz da conversão alimentar o componente mais relevante para a rentabilidade do produtor. Adotar boas estratégias de manejo, portanto, torna-se vital para que os animais consigam expressar o seu máximo potencial genético, conferindo competitividade aos sistemas de produção. Confira, a seguir, orientações técnicas para otimizar a eficiência alimentar dos suínos na fase de crescimento.
Avalie o padrão de conversão energética
Estime o nível de conversão energética dos animais na fase de crescimento. Para isso, é necessário avaliar a quantidade de energia que o suíno consome para obter um quilo de Ganho de Peso Diário (GPD). Os suínos de genótipo moderno são muito previsíveis quanto ao consumo energético. Isso significa que, diante de dietas de alto ou baixo valor de energia, eles reduzem ou aumentam, respectivamente, o consumo de ração. A análise do teor energético da ração e, consequentemente, da conversão energética dos animais, permite promover a manipulação nutricional da dieta, de maneira econômica, reduzindo custos e aumentando a eficiência econômica dos suínos.
Redobre os cuidados para evitar o desperdício de ração
Intensifique os procedimentos de manejo alimentar e o controle no arraçoamento dos suínos. O foco dessas medidas não é fazer os suínos comerem menos, mas sim se alimentarem adequadamente e com menor desperdício. Esse esforço começa pela manutenção e ajuste dos comedouros, que devem ser inspecionados e regulados, diariamente. No caso dos sistemas de alimentação controlada, utilizar curvas de consumo previamente determinadas pelo nutricionista, arraçoar os animais em horários definidos, acompanhar relatórios de consumo acumulado de cada lote por meio do controle de entregas e acompanhar a quantidade de alimento a ser disponibilizado são medidas efetivas para minimizar o desperdício e maximizar a eficiência econômica dos suínos.
Leia a matéria completa na edição 306 da revista Suinocultura Industrial