Fomentar a inserção produtiva e qualificar a produção dos pequenos agricultores de todo país. Este é o objetivo do Acordo de Cooperação Técnica firmado nesta quinta-feira (18) entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social.
A Secretaria de Ciência e Tecnologia do MCTI e a Conab pretendem construir Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) em todo país, levando modelos tecnológicos avançados ao setor produtivo de pequeno porte e qualificando os sistemas familiares de produção agrícola. O MCTI fará os investimentos e a Conab será responsável por captar, orientar e acompanhar o desenvolvimento e a implementação de projetos.
“Essa parceria nos conecta com os principais temas abordados na Segunda Conferência Internacional sobre Nutrição, além de ser uma possibilidade de juntar bons conceitos para enfrentarmos os desafios com objetivo de garantir o acesso da população brasileira a uma alimentação saudável e de qualidade”, ressalta o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini.
O Acordo possibilitará o fortalecimento de políticas e ações da Companhia, como o Programa Brasileiro de Modernização dos Mercados Atacadistas de Hortigranjeiros (Prohort), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e outros.
Os CVTs visam contribuir para a promoção do acesso a diversas formas de conhecimento científico e tecnológico, que permitam ampliar as oportunidades de inclusão produtiva e social, especialmente para a população de baixa renda. Também têm o objetivo de fortalecer os sistemas produtivos locais por meio do acesso a soluções técnicas e tecnológicas e estimular a inserção ocupacional e a geração de renda, por meio de metodologias de extensão tecnológica orientadas para o desenvolvimento local e sustentável.
Primeiro Centro Vocacional Tecnológico
A Central de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) será a primeira a receber um Centro Vocacional Tecnológico. O Centro será voltado à pesquisa e capacitação de agricultores familiares e terá como foco a redução de perdas de alimentos nas cadeias produtivas de hortigranjeiros.
O padrão de perda de alguns produtos chega a 35%. “Esse é um problema nacional, que se conseguirmos reduzir essa perda sem dúvida vamos ofertar mais alimentos de qualidade com preços menores à população”, pondera o secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do MCTI, Oswaldo Batista Duarte Filho.
O MCTI irá destinar cerca de R$ 1,4 milhão à Central mineira. Em contrapartida a CeasaMinas irá investir 2% deste recurso na iniciativa. De acordo com o gerente do Prohort, o projeto é piloto e a expectativa é de que a experiência seja replicada nas demais Centrais de Abastecimento do país.