Nascida em 27 de novembro de 1954 em Lajeado (RS), filha mais velha de uma família de doze irmãos e pais agricultores. Aos três anos de idade, Celsi e sua família mudaram-se para Concórdia (SC). Antes da aquisição de terra própria, seus pais eram arrendatários de terra. Incentivada pelos pais, ambos analfabetos, ingressou na escola aos sete anos de idade, atingindo a necessidade familiar de letramento em Matemática e na língua Portuguesa devido ao seu excelente desempenho escolar. Desde muito pequena trabalhava com os pais na produção de grãos, gado leiteiro e suínos; atividades estas desenvolvidas manualmente. Teve uma infância difícil até mesmo para a época. A escola era distante e tinha que trabalhar muito.
Na juventude foi catequista e quis muito continuar estudando para se tornar professora, mas só foi possível estudar até a quarta série. Em 1974, aos 19 anos casou-se e, com seu marido mudou-se para o Paraná passando a trabalhar em um comércio familiar, porém, devido às dificuldades da época, decidiram voltar à Santa Catarina passando a arrendar terra. Viveram quatro anos difíceis naquela região, onde tiveram dois filhos. As dificuldades eram tantas que com filhos recém-nascidos desenvolviam seus trabalhos na lavoura levando-os junto. Com trabalho árduo, de sol a sol, juntando suas economias compraram um alqueire de terra em Santa Helena no Paraná, nesse momento decidiram que ela ficaria trabalhando na propriedade, enquanto o esposo trabalharia fora.
Do trabalho como boia fria à aquisição de um pequeno rebanho de gado leiteiro, a agricultora continuou à frente da propriedade. Com seriedade e empreendedorismo, em 1982, se tornaram associados da Lar Cooperativa, onde começou a participar e conhecer o cooperativismo. Em 1991 tiveram mais uma filha, que hoje está fazendo a sucessão familiar. Pouco depois Celsi conseguiu realizar um sonho antigo de voltar a estudar e concluiu o ensino médio. Com a mudança de perfil da cooperativa, de agrícola para agroindustrial, as oportunidades começaram a ficar mais claras e o futuro se desenhava mais empolgante, e ela começou a participar mais ativamente se associando também e fazendo parte do comitê feminino, participou de cursos como o empreendedor rural, que a levou a apostar na avicultura, iniciando com um aviário de corte e posteriormente ampliando a atividade.
Sempre eleita de maneira democrática para representar os demais, um reflexo da liderança natural exercida por ela. Durante sua jornada como mãe, agropecuarista, passou a frequentar grupos de mulheres empreendedoras, estando à frente das principais mudanças ocorridas no sistema agropecuário familiar. Recuperou a saúde, a autoestima e fez despertar uma avicultora de sucesso.
Atualmente ela serve como inspiração para que outras mulheres permaneçam no campo, amem suas atividades e tenham qualidade de vida. Hoje o casal tem 13 alqueires, seis aviários, três granjas de suínos, gado de corte para reaproveitamento de dejetos nas pastagens, quatro caminhões porcadeiros e uma carreta graneleira. Atividades sempre com visão de sustentabilidade e destino correto de dejetos. Sob as mãos do cooperativismo, construiu uma história que começou desesperançosa, mas hoje se mostra bela, otimista e feliz.
RAIO X
Associada: Lar Cooperativa Agroindustrial
Ano de nascimento: 1954
Tempo associada: 39 anos
No setor agropecuário: 35 anos de suinocultura e 16 anos de avicultura
Estado Civil: Casada, mãe de três filhos, com quatro netos e uma bisneta
Uma ação positiva: apoiou uma família cooperada intervindo junto à cooperativa, em um momento difícil onde eles haviam perdido sua casa em um incêndio, de forma que a cooperativa antecipou o fundo capital do associado para ajudar nos custos da construção da nova casa.
Acesse a página de votação do prêmio das maiores e melhores cooperativas brasileiras de aves e suínas, o Quem é Quem, e conheça as outras finalistas. Aproveite e vote nas outras categorias também.
MAIORES E MELHORES COOPERATIVAS
Voltado a valorizar as maiores e melhores cooperativas de aves e suínos, o prêmio Quem é Quem busca destacar o relevante papel desempenhado pelas cooperativas para o desenvolvimento do agronegócio do País, assim como para a melhoria social e preservação do meio ambiente, destacando ações e atores centrais nesse processo, como os cooperados e técnicos que compõem sua estrutura de produção.
O cooperativismo agropecuário brasileiro é um modelo admirado no mundo inteiro. Apoiando o desenvolvimento econômico e social, principalmente das pequenas propriedades rurais, o cooperativismo no campo possui grande relevância para a economia do País. É exatamente esse importante e grandioso papel que a Gessulli Agribusiness quer ressaltar e valorizar com a realização do Prêmio Quem é Quem, que tem o patrocínio da empresa De Heus e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) com entidade patronal. Neste ano, a coordenação dos trabalhos, avaliações e ranking das cooperativas participantes estará a cargo do Nupea/Esalq-USP, por intermédio do professor Iran José Oliveira da Silva, coordenador do Nupea.
O nome dos vencedores será conhecida no dia 13 de abril, na abertura oficial da AveSui América Latina Online 24H/7D. Não deixe de acompanhar.