Uma indústria moderna, construída dentro das exigências atuais de controle sanitário, com equipamentos de última geração; assim será o novo Frigorífico de suínos da Frimesa, que está sendo construído em Assis Chateaubriand, Paraná. Este será um dos mais modernos frigoríficos de abate de suínos instalado.
A Frimesa Cooperativa Central é formada por cinco cooperativas agrícolas que atuam na região: Copagril, C.Vale, Copacol, Lar e Primato.
Este é um projeto industrial arrojado, na industrialização de produtos lácteos e de suínos, alcançando o mercado global com os produtos feitos na região.
De acordo com o diretor-presidente da Frimesa e associado da Copagril Cooperativa Agroindustrial, Valter Vanzella, nos últimos anos a central tem apresentado crescimento constante. “Fizemos recentemente vários investimentos na planta industrial da cidade de Medianeira, alcançando o abate diário de 6.900 cabeças por dia e mais 1.400 são abatidos na indústria localizada em Marechal Cândido Rondon.
Quando o mercado de suínos estava em alta, o produtor sentia-se estimulado a ampliar a produção, fazendo com que a Frimesa buscasse alternativas a longo prazo para atendimento da demanda. Foi aí que surgiu a ideia de construir uma nova unidade frigorífica. Após consideráveis estudos e análises técnicas foi escolhida uma área no município de Assis Chateaubriand para a construção desta unidade”, informou.
Para que o novo projeto virasse realidade, a Frimesa tirou lições do seu Frigorífico de Medianeira. “Toda vez que precisamos ampliar em Medianeira era necessário demolir espaços construídos, destruir o que já havia sido feito. Era um grande transtorno, tudo tinha que acontecer por etapas para não prejudicar a produção existente. E as reformas ali eram constantes, especialmente para aumento da capacidade de abate, pois demos liberdade para as cooperativas filiadas aumentarem a produção junto aos seus associados. Buscamos uma alternativa em Marechal Cândido Rondon, onde alugamos (depois compramos) um frigorífico que hoje trabalha também na sua capacidade plena. As duas plantas industriais começaram a ficar pequenas para a quantidade de suínos que passou a ser produzida entre as cooperativas filiadas, exigindo mais ampliações ou a construção de um novo frigorífico, o que acabou efetivamente acontecendo”, disse.
A escolha da área em Assis Chateaubriand seguiu um planejamento amplamente estudado feito pela Frimesa. “Uma das coisas que um frigorífico fundamentalmente precisa é água. Pelo porte que iríamos construir procuramos áreas em toda a região, fizemos dezenas de inspeções de lugares, ouvimos muitos pedidos. E a água necessária não pode ter qualquer tipo de contaminação e precisa oferecer os menores custos possíveis de sua utilização. Encontramos em Assis Chateaubriand realmente a melhor área, que também nos privilegia pela sua localização. Vimos ali a possibilidade efetiva de crescimento da Frimesa. Iniciamos as obras civis em 2020 e pelo cronograma já deveria ter sido inaugurado. Entretanto, devido a alguns trâmites burocráticos tivemos que estender o prazo da obra, mas agora resta somente os trabalhos de jardinagem, acabamentos e colocação das máquinas. E já marcamos para 13 de dezembro a inauguração desta nova unidade”, destacou.
Ainda que a inauguração ocorra em dezembro próximo, o início das atividades do novo frigorífico acontecerá em janeiro de 2023. E irá começar a abatendo pelo menos 4.000 suínos por dia, quantidade esta que será abastecida pelas cooperativas filiadas. “Nosso planejamento diz que é necessário o abate de 7.500 suínos por dia para alcançar o ponto de equilíbrio. Acredito que com os esforços dos associados das cooperativas filiadas logo chegaremos ao necessário. Todavia, a capacidade deste novo frigorífico é 15.000 suínos por dia, quantidade que alcançaremos ao longo de alguns anos”, pontua.
A tecnologia embarcada da nova indústria da Frimesa segue os parâmetros mundiais. “Tem equipamentos que compramos e que serão utilizados de forma inédita em nossa indústria. O frigorífico de Assis Chateaubriand possui alto índice tecnológico, nos dará uma considerável vantagem em termos de custos de produção e de qualidade dos produtos. Tais benefícios aliados a nossa presença de mercado já existente, nos dá a certeza de que todo o investimento será um sucesso”, enfatiza.
A decisão em ampliar as atividades frigoríficas de suíno, segundo Vanzella, se deu pela demanda de alimentos no mundo. “Hoje um dos grandes provedores de alimentos é o Brasil. E nosso país tem espaço ainda para produzir e crescer. Somos grandes exportadores de grãos, mas podemos agregar valor aos nossos produtos primários. A população mundial continua crescendo e por consequência a demanda de alimentos também”, afirmou Vanzella.
Ainda que vender sempre é um desafio, Vanzella diz que acredita no projeto da Frimesa.”O que percebo é que as pequenas indústrias vão perdendo espaços, que vai sobreviver aquelas que estiveram tecnicamente mais atualizadas. No nosso novo frigorífico isto foi levando em total consideração, fizemos uma indústria grande e com equipamentos de última geração”, disse.
Valter diz que confia integralmente no potencial da Frimesa e, principalmente, no abastecimento por parte dos suinocultores. “Temos uma considerável cadeia de produção, integrada por centenas de suinocultores associados às nossas filiadas. Temos indústrias modernas e um conceituado sistema de vendas, além de uma marca consolidada e que é considerada a quarta maior do Brasil. Aliado à expertise de vendas temos nossos produtos da linha de lácteos, que igualmente são de grande penetração. Nossos mix de produtos sempre preservarão o preço justo, qualidade, padronização e a marca forte”, destacou.
Em decorrência da nova planta industrial de Assis Chateaubriand, a Frimesa deverá promover alterações na sua unidade industrial de suínos em Marechal Cândido Rondon. “Hoje estamos abatendo em solo rondonense suínos, tanto machos quanto fêmeas, mas a ideia é preparar esta unidade para o abate somente de fêmeas matrizes. Temos a necessidade de fazer esta alteração para atender a demanda existente dos cooperados”, finaliza Valter Vanzella.
Por ser filiada à Frimesa Cooperativa Central, a Copagril Cooperativa Agroindustrial tem um planejamento estabelecido para fornecimento de suínos para as indústrias já existentes e, bem como, para a unidade a ser inaugurada em Assis Chateaubriand. E de acordo com o diretor-presidente da Copagril, Ricardo Sílvio Chapla, os propósitos estão sendo cumpridos.
Ricardo destaca que a Copagril é uma das proprietárias da Frimesa e que, inclusive, é a cooperativa que possui a maior participação societária na central. “Temos compromissos com a central e estamos trabalhando no sentido de poder utilizar a cota de produção estabelecida para os nossos associados”, afirmou.
Ainda que o momento da suinocultura não seja dos melhores, Ricardo entende que todos os esforços precisam ser feitos para que a cadeia não sofra mais perdas. “Estamos um pouco retraídos devido o momento não ser o melhor para os produtores, mas não estamos diminuindo o ímpeto de trabalhar. Tanto é que estamos revendo nosso projeto de suínos para poder avançar e aumentar a produção. E sei que há a necessidade dos produtores também melhorar desempenhos e produtividade”, alerta.
“Temos que avançar no modelo de produção, o que começou a ser feito há 30 anos precisa reavivar. Uma coisa é certa em qualquer cadeia produtiva, que os ajustes são necessários constantemente para permitir a plena competitividade, atendendo as exigências mundiais necessárias. Sabemos que alguns dos nossos associados já fizeram os investimentos, mas outros ainda não. O que posso dizer é que quem não se ajustar pode ficar fora do sistema. Nossa área técnica está trabalhando arduamente com os suinocultores para alcançar o modelo desejado”, afirmou.
Ricardo reitera que haverá crescimento na produção de suínos junto aos associados da Copagril. “Temos uma grande demanda pela frente, granjas mais modernas estão sendo construídas, mas a cadeia como um todo requer ajustes. Sabemos que existem produtores que ainda estão trabalhando no modelo antigo, o que entendemos ser inviável para todas as partes. Quem quiser permanecer na suinocultura precisa ajustar sua propriedade para que tenha produtividade, variedade, controle sanitário e qualidade genética. Deve respeitar a cartilha das boas práticas da suinocultura que foi feita a quatro mãos, pela Frimesa e as cooperativas filiadas. A competitividade é dos tempos modernos que estamos vivendo”, finalizou Ricardo Silvio Chapla.
Alguns associados da Copagril estiveram visitando o grande complexo industrial da Frimesa e tiveram uma excelente oportunidade de compreender o que ocorrerá dentro da cadeia da suinocultura a partir do funcionamento em janeiro próximo.
Claudiomar Gauttner vê o novo Frigorífico da Frimesa como o futuro da suinocultura e a valorização da região oeste, além de ver nesse novo empreendimento o futuro das próximas gerações que darão continuidade ao legado de suas famílias.
Olivio José Hermann ressaltou a magnitude da obra, e vê uma boa perspectiva para a região e para o quadro social. A visita foi algo surpreendente para ele, e o deixou maravilhado.
Roseli Inês Pasdiora ressalta a importância do novo empreendimento da Frimesa para a Copagril, visto que a cooperativa tem a maior participação na empresa, e beneficiará os associados de ambas as empresas.
Eloi Podkowa Diretor Vice-Presidente comentou sobre a perspectiva com o novo frigorífico e a importância para as lideranças. Ele ressalta a importância para os produtores rurais em conhecer o novo empreendimento e entender como o funciona o processo de abate com a implementação da tecnologia, no que será o maior Frigorífico da América Latina.
“Os associados que participaram da visita ao Frigorífico se mostraram muito satisfeitos e maravilhados com a grandiosidade da obra e com o retorno que ela proporcionará aos associados e a toda a região, em questão de rentabilidade e reconhecimento”, disse.
As obras estão a todo vapor para que as datas sejam cumpridas.