Depois de um ano de desempenho favorável tanto no mercado doméstico quanto no externo, o horizonte é incerto para as empresas brasileiras de carnes, ao menos no curto prazo.
No mercado doméstico, o quadro que se vislumbra é de provável retração na demanda, principalmente para as carnes mais caras, uma vez que o consumidor vai enfrentar uma série de altas de custos em seu dia a dia, como os com energia e água.
O esperado aumento de custo de vida deve reforçar a migração do consumidor para proteínas mais baratas como o frango. O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de janeiro, divulgado na sexta-feira (6/02), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), reforçou que a carne de frango está mais competitiva que as concorrentes.
Pelo IPCA de janeiro, o item carnes – inclui os cortes de carne bovina e carne suína – registrou alta de 1,55%, sendo responsável por 2,85% da alta de 1,24% do índice geral no mês passado. Em contrapartida, o item aves e ovos, que inclui a carne de frango, teve queda de 0,38% em janeiro.