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Alimentos

Contra preços altos

Estados Unidos defendem ação global contra os preços dos alimentos. Alta inspirou os protestos que derrubaram governos na Tunísia e Egito.

Contra preços altos

O mundo tem de agir rapidamente para deter a alta dos preços dos alimentos e reafirmar seu compromisso com a agricultura sustentável, disse a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. “Devemos agir agora, de forma eficaz e cooperativa, para diminuir o efeito do aumento dos preços dos alimentos”, disse ela em um discurso para órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em Roma.

A alta dos preços dos alimentos tornou-se uma questão delicada no mundo, depois de inspirar os protestos que derrubaram os governos da Tunísia e Egito no início deste ano, com a agitação se espalhando por todo o norte da África e do Oriente Médio.

A FAO anunciou na última quinta-feira que os preços mundiais de alimentos aumentaram ligeiramente em abril, impulsionados pela apreensão com a safra de grãos dos EUA, mas ainda estavam abaixo dos recordes alcançados em fevereiro.

O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, disse que uma tendência sutil de baixa dos preços dos alimentos já tinha começado a ser revertida com preocupações com as safras da China e dos EUA. Operadores dos mercados futuros afirmam que os fatores fundamentais do mercado do milho são sólidos, com a oferta limitada, além de atrasos no plantio de primavera no hemisfério norte. “Os fundamentos nos grãos e oleaginosas não mudaram, o mercado está vigoroso para o milho a curto prazo”, disse Adam Davis, corretor de grãos sênior da Merrick Capital, em Melbourne, que investe em commodities agrícolas.