O mundo foi amplamente impactado pela pandemia de Covid-19. A enfermidade afetou diretamente a saúde pública, as relações sociais e a economia. De uma hora para outra, os países tiveram de se adequar a uma nova realidade. A origem zoonótica do SARS-CoV-2 trouxe para o centro das discussões a relevância da interface humano-animal-ambiental, tripé base do conceito One Health ou Saúde Única. O conceito em si não é novo, assim como programas e ações relacionados a ele já vinham sendo discutidas e até executadas desde o século passado. No entanto, as dimensões da pandemia levaram a uma aceleração na busca por formas de se evitar novas ocorrências mundiais como a atual, causada pelo novo Coronavírus. Foi então que o One Health se mostrou um conceito capaz de balizar decisões futuras nas áreas de saúde humana, saúde animal e meio ambiente.
“Para pensar com enfoque de One Health, realmente é preciso ter uma visão na qual as coisas estão conectadas. Ou seja, que nós humanos e animais estamos interligados e compartilhamos o ambiente – como um ecossistema, por exemplo -, que é afetado pelos interesses socioeconômicos dos homens. Isso envolve questões como desmatamento, urbanização e outros aspectos. Precisamos aprender a crescer economicamente, com qualidade de vida a todos, com respeito à biodiversidade e ao meio ambiente”, afirma Maria Cristina Schneider, professora adjunta do Departamento de Saúde Internacional da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos.
Nesta entrevista exclusiva à Avicultura Industrial, Maria Cristina fala sobre o conceito de Saúde Única, destaca estudos sobre as perdas econômicas relacionadas a pandemias no mundo, abordando ainda o potencial pandêmico de vírus como o da Influenza.
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