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Mercado Interno

Criadores comemoram alta no preço do suíno e aumento das exportações

Com o aumento da procura, o preço do suíno sobe nesta época.

Criadores comemoram alta no preço do suíno e aumento das exportações

A carne de porco é um dos pratos mais presentes nas ceias de fim de ano. Com o aumento da procura, o preço do suíno sobe nesta época. Este ano, o crescimento das exportações também ajuda.

O produtor independente Edson Gross arca com os custos de criação e vende o animal diretamente no mercado. Ele cria seis mil porcos em Santa Rosa, no noroeste gaúcho, e comercializa cerca de 250 leitões por semana.

Edson ainda lembra da crise que atingiu o setor em 2011, quando os custos de produção superaram o valor pago pelo quilo do suíno vivo. Agora, três anos depois, comemora o aumento no consumo do produto. “No início da crise consumia-se 13,8 quilos por habitante/ano, no Brasil. Hoje, com números de 2013, foi pra 15,1 quilos”, avalia.

No mercado interno, a comercialização cresce em torno de 4% ao ano. Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul são os maiores produtores. Os três estados são responsáveis por 65,8% do abate nacional de suínos.

Nessa época do ano, com as festas de natal e ano novo, o mercado interno se fortalece. O criador independente está recebendo em média R$ 4,34 pelo quilo vivo do animal, aumento de 13% em relação ao mesmo período do ano passado.

O país ocupa o quarto lugar no ranking de produção e exportação de carne suína. Hoje, 10% do volume da carne comercializada é brasileira, e o faturamento passa de um bilhão de dólares por ano.

A direção comercial de um frigorífico, que atua há 10 anos em Santa Rosa, confirma a maior procura pela carne suína com a chegada do fim do ano, mas reforça que dos três mil porcos abatidos por dia, metade é destinada a exportação.

Os cortes mais procurados são os de pernil, lombo e costela. A carne e produtos industrializados são vendidos para mais de 30 países. É o bom momento no mercado internacional que anima criadores como Clairton Schardong, que comercializa cerca de 500 leitões por semana.

“Esses conflitos entre Rússia e Ucrânia nos favoreceram, porque a Rússia não está importando carne dos Estados Unidos e da Europa, mas está importando nossa carne. Isso enxugou o mercado interno e os preços estão bastante favoráveis”, comenta o suinocultor.

O produtor integrado, que vende direto pra indústria, também está recebendo 13% a mais pelo quilo do animal vivo.