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Criadores de avestruzes querem confederação

<p>Expansão da atividade e demanda internacional exige mais organização, recursos e representação política em órgãos oficiais.</p>

Redação AI 04/07/2005 – Em busca do fortalecimento da cadeia produtiva, criadores de avestruzes do Brasil se organizam para a criação de uma confederação de cooperativas. O assunto foi debatido em um evento realizado em Brasília (DF). O primeiro passo, segundo Nelson Sakuma, presidente da Cooperativa Nipo Brasileira de Produtores de Avestruzes (Coontruz), de Londrina, que participou do encontro, será a criação das federações em todas as regiões do País. “Precisamos ter representação política junto aos órgãos oficiais que defendam nossos interesses, como ocorre com outras atividades”, justifica.

A criação de avestruzes ou a estrutiocultura, de acordo com Sakuma tem avançado no Brasil e atraído a atenção de outros países que vêm em busca da carne da ave. A atividade, afirma, já possui uma normativa oficial que a regulamenta. A ave também não é mais considerada uma espécie exótica, entretanto faltam linhas de crédito para incrementar a criação. “Melhoramos o plantel, mas ainda é insuficiente para atender a demanda. A exportação exige volume e constância na entrega”, explica. Sakuma diz não ter números oficiais mas estima que o plantel brasileiro esteja entre 200 mil a 250 mil avestruzes.

Além da falta de aves, as vendas para o mercado externo, na opinião de Sakuma ainda esbarram em outras exigências desses compradores, como rastreabilidade, normas sanitárias, e credenciamento de frigoríficos. A boa notícia, como informa, é que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), está finalizando uma normatização com regras específicas para o abate dos avestruzes, que deverá ser editada em breve.

No Paraná, existem três cooperativas de produtores e o número de aves, pelos cálculos de Sakuma, é de aproximadamente 6 mil avestruzes. A Coontruz, criada há três anos, possui 41 associados, com um plantel de 650 matrizes. Na região de Londrina há outros 25 criadores independentes. “A atividade é lenta mas extremamente rentável, ideal para a agricultura familiar”, defende Sakuma.