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Cuidados necessários ao bom desempenho

Criar codornas é uma atividade simples, mas alguns cuidados precisam ser observados.

Redação AI 27/04/2004 – 09h30 – Wilson de Souza, proprietário da Granja Universitária, instalada no Estado de Goiás, tem se dedicado à criação há quase dez anos. Tanto que se especializou no negócio, chegando ao ponto de produzir e fazer a sexagem dos filhotes, manipular a ração que usa nos plantéis e manter parcerias com outras pessoas vendendo matrizes, instalando e oferecendo assistência técnica, além de comprar a produção caso haja interesse do criador.

Quando não dispõe de produção própria, compra matrizes de São Paulo, que vêm de avião e chegam a Goiânia com um dia de vida. A partir dos 30 dias, já podem ser comercializadas e alojadas nos criatórios, começando a postura 15 dias depois. O criador também fabrica gaiolas e outros instrumentos utilizados na criação.

Embora as aves sejam rústicas, o criatório deve estar em local apropriado, bem arejado, contar com manejo correto e água de boa qualidade para que o desempenho seja melhor. Nessas condições, a produção de ovos pode chegar ao índice ideal de 90%, isto é, para um plantel de 1.000 aves, deve-se colher diariamente pelo menos 900 ovos (30 cartelas de 30 unidades). 

Codornas não adoecem facilmente, mas é necessário adotar ações preventivas. Recomenda-se pulverizar as gaiolas e o ambiente de dez em dez dias, com produtos para combater bactérias que podem causar algum transtorno. Os cochos de alimentação devem ser do tamanho certo e a ração é colocada duas vezes ao dia. Também deve-se fazer limpeza periódica das fezes e dos bebedouros. As baterias de gaiolas comportam, em geral, 240 aves, que é a população ideal para criações tecnificadas.

Investimentos

Wilson de Souza argumenta que a lucratividade assegurada pela criação de codornas se torna tanto mais expressiva quanto maior for o criatório. Ele ensina que as pessoas podem começar com plantéis de 1.000 aves, com crescimento paulatino até chegar a 5 mil aves. Ele mesmo está instalando um novo criatório em Senador Canedo com perspectivas de manter um plantel de 10 mil aves.

Qual o investimento ideal? O vice-presidente da Aspaesgo diz que se o interessado já dispõe do local com estrutura mínima (um galpão coberto), o criatório de 1.000 unidades (incluindo gaiolas, matrizes, instalações para fornecimento de água e mão-de-obra) exige investimento de R$ 5 mil. Nessa projeção, a cada mil aves alojadas são investidos R$ 5 mil. A princípio, pode parecer um valor elevado, mas o resultado compensa. A rentabilidade pode ser maior ou menor dependendo do preço de venda da cartela de 30 ovos, se R$ 1,30 (venda ao distribuidor) ou R$ 1,80 (venda direta).

Quando vai descartar o plantel, após um ano de postura, o produtor recebe, em média, R$ 0,50 por ave, o que ajuda a reduzir o gasto com reposição. Wilson de Souza alerta, porém, que antes de iniciar a criação, as pessoas precisam se informar bem sobre a atividade, adotar boas técnicas de produção e principalmente se terá mercado para o produto.