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Cultivo "fora de época" eleva ocorrência de cigarrinhas do milho no MT

Importância de estudo para mapeamento de vazio sanitário na região é defendida pela Aprosoja-MT

Cultivo "fora de época" eleva ocorrência de cigarrinhas do milho no MT

O difícil controle das cigarrinhas do milho no município de Santa Rita do Trivelato (MT) tem acarretado em perdas significativas para os produtores da região. A presença da praga foi potencializa pelo cultivo na safra verão. O vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, ressalta a importância de estudo para mapeamento de um vazio sanitário.

O produtor rural, Vilmar Piazza, pontua que parte da lavoura de milho cultivada para a segunda safra está comprometida em decorrência da doença. O cultivo “fora de época” na propriedade vizinha, segundo ele, acabou criando condições potencializadoras para o desenvolvimento da praga.

Importância do vazio sanitário

Os dados da Aprosoja-MT, de acordo com Lucas Costa Beber, servem como embasamento para criação do mapeamento para o desenvolvimento de um vazio sanitário. “Para isso é necessário que os produtores sempre verifiquem principalmente essas áreas de milho primeira safra. E que nos notifiquem logo na instalação do milho nas áreas vizinhas, para que seja realizado o monitoramento dessas áreas seja na população de cigarrinhas”, salienta o vice-presidente.

Investimento perdido

O prejuízo, segundo o produtor, é ainda maior devido ao investimento prévio realizado para a safra. Tratamento de cultura, adução e sementes de alto potencial produtivo foram alguns dos recursos adotados por Vilmar, que vê cerca de 30% da produção comprometida.

“A praga já estava estabelecida e quando entramos com o milho safrinha, ela já estava no auge da infestação. Mesmo tendo usado a tecnologia adequada, não conseguimos controlá-la definitivamente. O efeito ocasionado pela cigarrinha está bem visível, ou seja a cigarrinha do milho já veio contaminada, imagino que esteja comprometida 30% da safra”, enfatiza o produtor.

Na mesma região, o produtor rural, Alecio Cesar Peleti, enfrenta um problema semelhante ao de Vilmar e relata comprometimento da expectativa de colheita. Mesmo com a aplicação de defensivos biológicos e químicos, ainda não conseguiu conter a praga.

“Esse ano ela veio com força, veio para derreter a lavoura, vai ter um prejuízo para você trabalhar mais uns três, quatro anos aí para equilibrar as contas de novo, porque de um ano para o outro não consegue tirar”, afirmou o agricultor.