A indústria chinesa de defensivos agrícolas está mudando sua abordagem no mercado do Brasil. Depois de anos fornecendo agroquímicos por meio de distribuidores, as empresas começaram a registrar seus próprios produtos para, assim, vendê-los diretamente aos agricultores ou às redes de distribuição. A competição deve resultar em preços mais baixos aos agricultores no longo prazo, acreditam participantes do setor. O mercado brasileiro de defensivos movimentará neste ano US$ 8 bilhões, 10% mais que em 2010, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag).
Nos últimos meses, dois fabricantes chineses obtiveram, pela primeira vez, registros de herbicidas nos órgãos competentes nacionais: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Ministério da Agricultura. Em maio, a YongNong teve aprovado o registro do herbicida picloram, usado principalmente para controlar ervas daninhas em pastagens. Em julho, foi a vez do glifosato, herbicida mais utilizado do país, da JM Chemicals.
Flávio Hirata, da AllierBrasil Consulting, que auxiliou ambas as empresas no processo, revela que até o final do ano, outras cinco devem obter registros para 10 diferentes produtos. E a tendência é que esse número aumente, estima o consultor.