A demanda por milho de Mato Grosso deve ser de 48,29 milhões de toneladas na safra 2022/23, informou o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Esse volume é 2,88% maior na comparação com o levantamento anterior, segundo o Imea, influenciado pela alta de 5,15% no consumo interno do grão, puxado pelas usinas de etanol instaladas no Estado.
Já em relação às exportações, o Estado deve enviar para o exterior 29,41 milhões de toneladas nesta safra, alta de 2,26% ante o relatório do mês passado, influenciado pela perspectiva de aumento na demanda externa. Assim, o Imea informa que o estoque final para a safra 2022/23 deve ficar em 1,43 milhão de toneladas.
Quanto à safra 2021/22, o Imea informou que a demanda deve alcançar 43,12 milhões de toneladas, volume 0,21% menor em comparação com o levantamento do mês anterior. “Essa redução foi pautada pela diminuição do consumo interno, de 0,21%, ante a estimativa passada, por causa da queda no número de bovinos confinados no Estado, além do enfraquecimento das exportações de milho em relação ao mês de maio de 2023”, justifica o instituto.
O Imea também informou que a estimativa de área plantada com milho de inverno no Estado se manteve em 7,41 milhões de hectares, na comparação com o levantamento de maio, mas alta de 3,78% quando comparada com a safra 2021/22. “Esse panorama deve-se ao maior volume e regularidade das precipitações neste ano, em comparação com 2022, além de grande parte das áreas tendo sido semeadas dentro da janela ideal de plantio (até o fim de fevereiro), o que compreendeu 80% das áreas de milho do Estado”, diz o Imea, no relatório.
Em relação à perspectiva de rendimento, o Imea reajustou a produtividade para 110,05 sacas por hectare em 2022/23, aumento de 4,2% ante o relatório de maio/2023 e de 7,65% quando comparado com a safra 2021/22. “Dessa forma, com a manutenção de área e o aumento da produtividade, a produção do cereal ficou estimada em 48,99 milhões de toneladas, 11,74% acima da safra 2021/22”, finaliza.