Nem sempre o trabalhador rural consegue trabalhar debaixo da sombra e a exposição contínua e sem proteção aos raios solares pode virar um problemão. Os médicos alertam para o risco de câncer de pele.
O dia a dia de Adolfo de Sousa, que é trabalhador rural em Porangatu, região norte de Goiás, é o tempo todo exposto ao sol.
Quase sempre ele usa camiseta, boné e trabalha praticamente sem proteção.
A médica dermatologista Karina Pesqueiro alerta para o perigo dessa relação entre sol quente, o trabalho no campo e os casos de câncer de pele no Brasil. “O sol é o maior responsável pela incidência de tumores cutâneos”, diz.
Horas e horas, dias e dias debaixo do sol quente. Principalmente durante esta época de verão, o risco de casos de câncer de pele aumenta, mas quem precisa trabalhar no campo não tem muito o que fazer.
Eurípedes de Oliveira é outro exemplo de trabalhador que enfrenta o sol. Ele capina em uma horta de uma chácara de Goiânia o dia todo. Eurípedes não usa protetor, e o pior, nem está preocupado com isso.
Outro fator importante é que quando se trata de raios solares não importa se o céu está limpo ou não porque a nuvem não representa proteção. “A incidência de radiação é muito grande no Brasil, a gente deve tomar cuidado o tempo todo, mesmo nos dias nublados”, explica Karina.
A dermatologista alerta ainda que o horário mais perigoso do sol é entre 10 da manhã e 4 horas da tarde. O uso de roupa adequada, como blusas de manga longa, calça comprida e boné com aba bem larga também ajuda a barrar a radiação.