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Deslizamentos de terra bloqueiam principal via de acesso aos portos do Paraná

O bloqueio está no km 60, na altura da praça de pedágio, em São José dos Pinhais. Ainda sem previsão de liberação, a via é o principal acesso aos portos de Paranaguá e Antonina

Deslizamentos de terra bloqueiam principal via de acesso aos portos do Paraná

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, no Paraná, informou que chuvas volumosas provocaram queda de barreira na BR 277, o que levou à interdição total da pista no sentido litoral do Estado, nesta terça-feira (29). O bloqueio está no km 60, na altura da praça de pedágio, em São José dos Pinhais. Ainda sem previsão de liberação, a via é o principal acesso aos portos de Paranaguá e Antonina.

Conforme comunicado da Portos do Paraná, além do km 42, que já estava interditado por deslizamentos de pedras desde outubro, novos desmoronamentos ocorreram nos quilômetros 40 e 41. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que o tráfego está sendo orientado a retornar no sentido Curitiba. Na subida, sentido a capital paranaense, o fluxo continua em apenas uma faixa.

De acordo com a Diretoria de Operações dos portos, apesar dos bloqueios rodoviários, as operações portuárias prosseguem normalmente. O reflexo das interdições está na recepção da carga pelas vias de acesso.

Segundo dados do Pátio de Triagem, onde os veículos de carga aguardam a chamada para a descarga dos granéis sólidos vegetais de exportação, para esta terça-feira (29) são esperados cerca de 400 caminhões.

Das 0h até as 11h, 101 já haviam sido recebidos. Às 11h, apenas 40 veículos aguardavam no local.

Para todos os segmentos de carga operados pelos portos paranaenses a capacidade de armazenagem está normal. Somente o complexo de Paranaguá tem uma capacidade de armazenamento de aproximadamente 2 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação. Mesmo sem carregar ou descarregar os granéis sólidos em períodos de chuva como este, a ocupação dos armazéns é normal – em torno de 50%.

Como informa a Cattalini, principal operadora dos granéis líquidos, após a liberação das pistas, a empresa vai recepcionar os veículos que estão nos pontos interditados, independentemente da hora que chegarem ao pátio. “Vamos recebê-los e encaixar nos agendamentos já em andamento, de forma organizada”, informa. Ainda segundo a empresa, as operações de carga e descarga dos navios seguem normalmente e estão sendo monitoradas de maneira contínua.

A empresa TCP, que administra e opera o Terminal de Contêineres do Porto de Paranaguá, informa que o período de agendamentos ativos foi prolongado até a regularização das vias de acesso ao terminal. No momento, o terminal está operando normalmente. Em caso de comprometimento de visibilidade e/ou de ventos fortes, as operações serão paralisadas. Em caso de dúvidas, a TCP disponibiliza o canal “Portal Cliente” https://portal.tcp.com.br/login?returnUrl=%2Fhome e o número de telefone (41) 2152-5999.

A Estrada da Graciosa (PR-410) – via que costuma ser utilizada como alternativa aos carros de passeio, no trajeto entre Curitiba e o litoral do Paraná – também foi totalmente interditada por causa da queda de barreira no km 8 (+100 metros).

Também foram registrados deslizamentos de terra e pontos de bloqueio na BR 116, que liga a capital paranaense a São Paulo (SP). As interdições estão em Campina Grande do Sul (PR), nos km 51 – com interdição parcial sentido São Paulo – e km 58 – interdição total, sentido Curitiba.

Em Guaratuba (PR), na BR 376, queda de barreira no km 669 também levou à interdição total da via em ambos os sentidos (Curitiba – Litoral). O ferryboat está funcionando, mas com um grande fluxo de veículos e, por isso, lentidão.

A Rumo, empresa que administra a ferrovia que liga Curitiba a Paranaguá, informa que há interdição também da via ferroviária na altura da Serra do Mar, em virtude de quedas de barreiras e alagamento dos trilhos. A empresa aguarda o nível de água baixar, para liberar a via.