Os custos de produção de suínos e de frangos de corte calculados pela a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, continuaram em alta no mês de fevereiro. O ICPFrango encerrou fevereiro nos 237,30 pontos, enquanto em janeiro o índice era de 233,05 pontos. O ICPFrango acumula altas praticamente desde agosto de O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná passou dos R$ 3,01 em janeiro para R$ 3,07 em fevereiro. Este é o valor mais alto desde junho de 2016.
Já o ICPSuíno, que começou o ano em 244,53 pontos, chegou aos 246,88 pontos em fevereiro, continuando a tendência de alta que é registrada desde outubro de 2019. O gasto com a nutrição dos animais aumentou 0,95% apenas em fevereiro com relação a janeiro e chega a 10,76% nos últimos 12 meses. O custo por quilo vivo de suíno produzido em sistema de ciclo completo em Santa Catarina passou dos R$ 4,27 em janeiro para R$ 4,32 em fevereiro, maior valor desde julho de 2016.
E mesmo com a valorização do suíno vivo no mercado paulista na parcial de março, os preços dos principais insumos da suinocultura, milho e farelo de soja, subiram com mais intensidade, o que acabou reduzindo o poder de compra do suinocultor de São Paulo. Já no Oeste de Santa Catarina, os valores do suíno sobem com um pouco mais de força, o que tem sustentado o poder de compra, mesmo com a valorização dos insumos da ração. Segundo colaboradores do Cepea, a valorização do suíno em ambos os estados está atrelada à oferta restrita de animais pesados e ao elevado preço dos insumos, que impulsionam as cotações do vivo.
No mercado de ovos, a diferença de cotações entre brancos e vermelhos aumentou na última semana. Como é tradicional no período de Quaresma, o aumento na demanda por ovos amplia a diferença entre as cotações dos dois tipos. Isso porque a oferta de vermelhos, que geralmente é menor do que a de brancos, diminui ainda mais neste período, devido à maior procura pela proteína. Segundo colaboradores do Cepea, a menor oferta de ovos vermelhos também está atrelada à falta de pintainhas para alojamento.
Um surto de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade do tipo H5N6 foi reportado pela Filipinas, conforme relatório divulgado pela Organização Mundial para Saúde Animal. O surto ocorreu em uma granja de codornas.. De acordo com o relatório da OIE 15 mil aves foram afetadas pelo surto, desta 3000 morreram devido a doença e as outras 12 mil sofreram abate sanitário. A origem do surto ainda é desconhecida.
E de acordo com a ABPA as indústrias de aves e suínos do Brasil não têm planos para cortar produção ou dar férias coletivas a trabalhadores em meio à crise do coronavírus. Nesta semana JBS e Minerva anunciaram a paralisação em algumas plantas de carne bovina. De acordo com o diretor executivo Ricardo Santin o boi tem situação diferente do setor de aves e suínos pois pode ficar no pasto sem custo.