As exportações de carne de frango in natura chegaram a 260,2 mil toneladas embarcadas na quarta semana de fevereiro, movimentando US$ 413,7 milhões. Somando 16 dias úteis até então, a média diária ficou em 16,3 mil toneladas, um crescimento de 37,2% em relação ao mês de janeiro, que fechou com uma média 11,8 mil toneladas. Já em relação a fevereiro de 2018 o crescimento foi menor, ficando em 0,6%.
Enquanto isso, as exportações de carne suína in natura chegaram a 40,5 mil toneladas embarcadas no período, movimentando US$ 79,6 milhões. Somando 16 dias úteis, a média diária ficou em 2,5 mil toneladas. Um crescimento de 33,3% em relação ao mês de janeiro, que fechou com uma média 1,9. Já em relação a fevereiro de 2018, o crescimento foi menor, ficando em 20,9%.
E a Peste Suína Africana continua a se alastrar pelo mundo. Dessa vez, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária do Ministério da Agricultura da Rússia reportou a Organização Mundial de Saúde Animal, surtos de Peste Suína Clássica e Peste Suína Africana em Javalis.
Para conter a PSA, a China planeja dividir sua produção de suínos em cinco zonas, como uma tentativa de deter o avanço da peste suína africana através de seu território e garantir suprimentos. Pequim já reportou mais de 100 surtos da doença em 28 províncias e regiões desde o último mês de agosto, causando problemas à indústria de 1 trilhão de dólares e setores relacionados.
E com o avanço da PSA, os chineses devem elevar consumo de frango. A expectativa é de que a menor quantidade dessa proteína no mundo e a mudança de hábito de consumidores – potencialmente assustados com a disseminação do vírus que, contudo, não atinge o ser humano – devem levar ao aumento das vendas de carnes de aves para aquele destino.
Apesar disso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou, no último dia 21 de fevereiro, um relatório que revisa as projeções de produção de carne de frango em 2019. A previsão no relatório divulgado no final de 2018 era de produzir 13,9 mil toneladas, após a revisão este número caiu para 13,6 mil. O número representa um aumento de 1,08% em relação ao total produzido em 2018.
A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, teve prejuízo líquido pelo segundo trimestre seguido nos últimos três meses de 2018, sob impacto de embargo comercial, investigações e recuperação lenta da economia do país, que ofuscaram os esforços de reestruturação da companhia. A empresa teve prejuízo líquido de 2,1 bilhões de reais de outubro a dezembro, 12,5 vezes maior do que a estimativa média de analistas. No ano passado, a BRF teve prejuízo líquido de 4,46 bilhões de reais, terceiro ano consecutivo de resultado negativo anual. O resultado teve influência de uma perda contábil elevada, relativa a vendas de ativos na Argentina, na Europa e na Tailândia, feitas por valores menores do que os registrados na contabilidade da empresa. A BRF levantou 4,1 bilhões de reais com vendas de ativos em 2018, apoiando estratégia de prolongar vencimentos e reduzir custo de dívida.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDA) instituiu o Comitê Técnico de Programas de Autocontrole. A portaria foi publicada na segunda-feira (25/02). De acordo com o departamento de comunicação do Mapa, o objetivo é promover a articulação de órgãos e entidades públicas e privadas para implementar programas de autocontrole a serem aplicados nos estabelecimentos regulados pela legislação da defesa agropecuária do país.