A autoridade sanitária saudita suspendeu temporariamente a autorização de exportar carne de frango de duas plantas paranaenses da BRF. As unidades dos municípios de Dois Vizinhos e Francisco Beltrão foram suspensas desde o dia 10 de fevereiro. As plantas somam 20% do frango brasileiro enviado à Arábia Saudita. O secretário geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, declarou que a entidade está trabalhando para saber os motivos do fechamento, e para a reabertura das plantas.
Coincidência ou não, uma delegação da Arábia Saudita está em missão na Ucrânia para se familiarizar com o sistema de controle estatal sobre a produção de carne e saúde de aves, informou o Serviço Estatal da Ucrânia sobre Segurança Alimentar e Proteção ao Consumidor. Segundo o USDA, a Ucrânia exportou 400.000 toneladas de carne de frango em 2019.
O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural do Vietnã reportou a Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) dois surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade. Ambos os surtos são do sorotipo H5N1 e causaram a morte de 1.290 aves. Segundo o relatório divulgado pela OIE, medidas para contenção dos surtos foram tomadas como vigilância dentro e fora da zona de proteção e desinfecção.
E nas exportações, os embarques de carne de frango in natura somaram US$ 268,57 milhões até esta segunda semana de fevereiro. Em volume, foram remessadas ao mercado externo 172,1 mil toneladas. Com dez dias úteis, a média do preço pago por tonelada embarcada foi de US$ 1.560,74, o que é 3,5% menor que em janeiro e 2,3% menor o montante pago em fevereiro de 2019.
Já os embarques de carne suína in natura mantiveram o bom desempenho da primeira semana do mês. No total foram enviadas ao mercado externo 30,7 mil toneladas nas duas primeiras semanas do mês, o equivalente a US$ 76 milhões.
Conforme o último relatório da OIE, no período de 31 de janeiro a 13 de fevereiro foram reportados 411 novos surtos de Peste Suína Africana (PSA). O total de surtos contínuos da doença em todo o mundo é agora 9.449, o que mostra uma redução de surtos em continuidade, visto que no relatório anterior 11.150 surtos estavam em andamento.
De acordo com os dados Cepea após terem recuado no início de fevereiro, devido à demanda enfraquecida por carne no mercado atacadista, pesquisas apontam que os preços do suíno vivo registram ligeiras recuperações nesta segunda quinzena do mês. Já os valores do milho, importante insumo da atividade suinícola, estão firmes desde o começo de fevereiro, por causa da procura interna aquecida e da retração de vendedores em negociar novos lotes, contexto que tem reduzido o poder de compra de suinocultores consultados pelo Cepea frente ao cereal. O atual poder de compra de produtores frente ao milho, inclusive, é o mais baixo desde fevereiro de 2019.