Redação AI (17/03/06)- Dez avestruzes foram enterradas ontem na Fazenda Marapicu, em Vitória de Santo Antão, na zona da mata pernambucana, por falta de alimento e água. Trinta e oito aves haviam morrido no final do ano passado pelo mesmo motivo, quando a empresa Avestruz Master, com sede em Goiás, entrou em crise e teve seus bens seqüestrados.
Gilvan José da Silva, funcionário da empresa há um ano e meio, e responsável por cuidar das avestruzes, acredita que pelo menos outros quatro animais não resistem mais. Os 16 empregados da empresa incluindo Gilvan não recebem salário há quatro meses e meio. Leonardo Tibúrcio, proprietário da terra arrendada à empresa, não recebe o aluguel há dois meses.
De acordo com Gilvan, desde o dia 11 não chega ração e nem dinheiro para comprar carros-pipa para dar de beber aos animais, que se encontram confinados.
Administração O administrador judicial da Avestruz Master, Sérgio Crispim, já tem à sua disposição quase R$ 1 milhão retirado do fundo de previdência privada do Banco Bradesco em nome da ex-diretora financeira da empresa, Patrícia Áurea Maciel. O juiz da 11 Vara Cível de Goiânia, Carlos Magno Rocha da Silva, autorizou ontem o uso do dinheiro para pagamento de funcionários a folha de fevereiro está em aberto e aquisição de ração suficiente para manter o plantel durante 30 dias.
Outros R$ 700 mil também devem engrossar a conta judicial da Avestruz Master. O magistrado estabeleceu ontem preço para a venda do helicóptero da família, cuja venda está autorizada desde o dia 20 de fevereiro. O negócio ainda não havia sido concretizado porque havia divergência quanto ao preço. (AE)