O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (28), com os investidores digerindo a proposta da segunda etapa da reforma tributária do governo e de olho nos novos desdobramentos na CPI da Covid.
Às 9h09, a moeda norte-americana subia 0,30%, cotada a R$ 4,9524.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,70%, a R$ 4,9377, mas acumulou queda de 2,58% na semana. No mês, o recuo é de 5,49%. Em 2021, já caiu 4,81%.
Cenário
Segundo a agência Reuters, o mercado operou nesta segunda sem grandes catalisadores, com o movimento externo tampouco dando sinal definitivo sobre os preços, conforme investidores entraram em modo de espera por dados do mercado de trabalho dos EUA a serem divulgados no fim da semana.
Aqui, o mercado se estabilizou depois do susto da sexta-feira, quando o governo divulgou a segunda etapa de reforma tributária – que desagradou a boa parte do mercado por, segundo algumas análises, implicar aumento de impostos.
Na sexta, o dólar chegou a subir 1,40%, antes de fechar com valorização de 0,64%. O Ibovespa, que sofreu um tombo no fim da semana passada sob impacto do noticiário da reforma, subiu 0,14% nesta segunda, também estabilizando-se.
De forma geral, analistas seguem com visão mais benigna para o câmbio no Brasil, o que tem sido em parte compartilhado por investidores estrangeiros.
O Morgan Stanley relatou aumento de alocação em real na América Latina, junto com outras moedas. “A curva de juros em reais não é mais um fator de venda de real, após a sequência de altas promovidas pelo BCB nos últimos meses”, disseram estrategistas do banco em nota.