O dólar abriu em leve alta nesta quarta-feira (25), depois de ter fechado em forte queda na véspera.
Às 9h05, a moeda norte-americana era vendida a R$ 5,2628, em alta de 0,02%.
Na terça-feira, o dólar fechou em queda de 2,20%, a R$ 5,2616. No mês, acumula alta de 1,43%. No ano, o avanço é de 1% ante o real.
Cenário
Os mercados seguem atentos à crise política, que mantém a tensão entre os investidores. Na agenda de indicadores, a confiança do consumidor voltou a cair em agosto, depois de registrar 4 altas seguidas, segundo divulgou mais cedo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Também nesta quarta, o IBGE divulgou os dados da prévia da inflação oficial de agosto, que ficou em 0,89% – a mais alta para o mês desde 2002. No início da semana, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que uma taxa anual entre 7% e 8% estaria ‘dentro do jogo’. Economistas ouvidos pelo G1, no entanto, apontam que há motivo para preocupação – e que a atual inflação brasileira segue uma lógica diferente do resto dos países.
O contexto doméstico vem pressionando o dólar, mas um grande teste para a moeda norte-americana ocorrerá na sexta-feira, quando todos os holofotes do mercado financeiro global estarão voltados para o discurso virtual do líder do banco central dos EUA (Fed), Jerome Powell, no famoso simpósio econômico anual de Jackson Hole, nos EUA.
Investidores aguardam para ver se o Fed dará alguma indicação mais clara sobre quando começará a cortar estímulos monetários – os mesmos que inundaram o mundo de liquidez em 2020 e ajudaram a evitar uma ascensão ainda maior do dólar no Brasil e lá fora.