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Dólar abre o mês em queda

Na sexta-feira, a moeda norte-americana avançou 1,76% e fechou a R$ 5,4310. No mês, entretanto, acumulou queda de 3,49% frente ao real

Dólar abre o mês em queda

O dólar abriu em queda nesta segunda-feira (3), com os investidores de olho em dados sobre a recuperação da economia global e em semana de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros da economia.

Às 9h02, a moeda norte-americana caía 0,35%, vendida a R$ 5,4120. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 1,76%, a R$ 5,4310, mas acumulou queda de 3,49% no mês de abril. No ano acumulado deste ano, ainda tem alta de 4,70%.

Cenário
 

Na Europa, a atividade industrial da zona do euro atingiu uma máxima recorde em abril, enquanto as vendas no varejo da Alemanha registraram seu maior salto em março em relação ao mesmo período do ano anterior desde o início da pandemia.

Na agenda doméstica, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 4,3 pontos em abril, para 89,8 pontos, após seis quedas consecutivas, segundo a Fundação Getulio Vargas.

O mercado de câmbio tem sido pautado pela trajetória da curva de juros nos Estados Unidos. Na semana passada, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) indicou não haver pressa para reduzir estímulos em curso e adotados inicialmente no ano passado para proteger a economia dos efeitos da pandemia, o que reduziu os rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano.

Na prática, mais dinheiro barato nos EUA significa mais liquidez que pode migrar para países como o Brasil, aumentando a oferta de dólar por aqui e, consequentemente, baixando o preço da moeda.

Analistas alertam, porém, que a queda dos juros norte-americanos mais longos caíram e a descompressão na curva de juros brasileira está longe de ser uma tendência. “Sugerimos cautela, o menor sinal de melhora nos EUA pode representar alta de juros e isto pode trazer constrangimento as condições monetárias no Brasil’, afirmou o economista da Necton, André Perfeito, em nota a clientes.

Em março, na primeira elevação em quase seis anos, a taxa básica da economia (Selic) foi aumentada pelo BC para 2,75% ao ano. O mercado espera um novo aumento de 0,75 ponto percentual nesta semana. A decisão do Copom será anunciada na quarta-feira.

Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa média de inflação em 2021, de 5,01% para 5,04%. Para o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão para o crescimento no ano passou de 3,09% para 3,14%. Já a projeção para para a Selic no fim de 2021 foi mantida em 5,50%.
 
Na cena política, a expectativa é que o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) entregue nesta segunda-feira o seu relatório sobre a reforma tributária. O presidente da Câmara, Arthur Lira, defende fatiar reforma tributária em quatro partes.