Luiz Fernando Mainardi assumirá a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, terceiro maior estado produtor de grãos, com a missão de enfrentar a provável estiagem trazida pelo fenômeno La Niña. Para evitar perdas como as de 2005, quando a quebra foi de 60% da safra gaúcha, ele já está de olho no clima e monitora o cenário. A intenção é estar preparado para quando assumir efetivamente o comando da Pasta em janeiro abordar o assunto com o governador Tarso Genro e as demais secretarias. “É um problema complexo que deve ser tratado com todos”, salienta.
Nesse sentido, o primeiro passo de Mainardi será desenhar uma “política de convivência” com a estiagem. “A cada cinco anos, temos três de seca, regionalmente ou em todo Estado. Então, precisamos de uma política pública para não sermos sempre surpreendidos.” Para isso, ele garante buscar apoio federal se necessário.
O novo secretário comandará o setor primário com orçamento de R$ 183 milhões, já que R$ 129 milhões do total de R$ 315 milhões ficarão com a Secretaria do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo. “Ainda não sabemos se o orçamento é adequado. Se necessário, pediremos mais.” A Pasta irá gerenciar ações do Irga, Cesa, Expointer e Agregar Carnes. Além disso, Fepagro e Fundovitis, que estavam cotados para a Secretaria do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, ficarão com a pasta da Agricultura.
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As políticas de governo devem ser elaboradas de forma conjunta com o setor primário, garante ele, que se propõe a procurar as entidades representativas. “Ter opiniões divergentes não é problema. Sabemos respeitar as diferenças.”
