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Grãos

Em dia de correção, trigo lidera alta dos grãos na Bolsa de Chicago

Milho e soja também avançaram na sessão

Em dia de correção, trigo lidera alta dos grãos na Bolsa de Chicago

As cotações do trigo passaram por correção técnica no pregão de hoje (7/12) após as quedas recentes e avançaram na bolsa de Chicago, liderando a alta dos grãos nesta quarta-feira. Os contratos do cereal para março, os de maior liquidez, avançaram 2,81%, a US$ 7,4950 por bushel.

“O mercado viu que a queda dos preços nos últimos dias, quando eles voltaram aos níveis pré-guerra, foi muito exagerada. Isso motivou as compras de barganha no pregão de hoje”, disse Fábio Lima, consultor em gestão de risco em trigo da StoneX.

Segundo Lima, no atual patamar de preços, o trigo americano volta a ganhar competitividade no mercado internacional, o que abre espaço para uma reação dos contratos futuros. “Ainda que esteja US$ 80 mais caro que o russo, o trigo americano encontra demanda em regiões da América Central e do Sul neste momento”, afirma. Mas, independentemente da alta do cereal no pregão de hoje, o mercado ainda deve enfrentar volatilidade, acredita o analista.

“Do ponto de vista de oferta e demanda, nós temos uma situação um pouco mais desenhada, e, portanto, menos sensível ao preço em Chicago. Mas o preço ainda vai oscilar bastante com qualquer notícia negativa sobre o corredor de exportações de grãos pelo Mar Negro e com a instabilidade do cenário”, destacou.

Milho

Após seis quedas consecutivas, o milho voltou a subir. Os contratos do cereal para março do ano que vem avançaram 0,63%, a US$ 6,4125 por bushel. O crescimento da produção de etanol nos Estados Unidos abriu espaço para a correção técnica do cereal, a principal matéria-prima para a fabricação do biocombustível no país. Hoje, a Administração de Informações sobre Energia (EIA) disse que a produção de etanol cresceu 5,8% nos EUA na semana encerrada em 2 de dezembro, para 1,077 milhão de barris por dia.

Soja

A falta de chuvas na Argentina ofereceu sustentação aos preços da soja. Os contratos da oleaginosa para janeiro, os mais negociados, subiram 1,17%, a US$ 14,72 por bushel, e os papéis para março de 2023 fecharam em alta de 1,08%, a US$ 14,7725 por bushel.

Em relatório, a consultoria Agrinvest diz que modelos climáticos mostram que a Argentina vai sofrer com temperaturas 8ºC acima da média nos próximos dias. No momento, diz a consultoria 35% da área de soja que já foi plantada está condições ruins ou péssimas. Segundo a empresa, o fenômeno La Niña, que vem reduzindo as chuvas no país neste ano, só irá perder força a partir de janeiro ou fevereiro.

A flexibilização de medidas sanitárias na China também abre espaço para valorização da soja em Chicago, já que pode reaquecer a demanda chinesa pelo grão. De acordo com a Agrinvest, o recebimento de soja no país pode passar de 10 milhões de toneladas em dezembro.