O mercado brasileiro de milho passa por um momento incomum. Em plena entressafra do produto, os preços recuam nas principais praças do país. Mesmo com a queda, o ímpeto comprador não aumenta, com a indústria bem abastecida até o final do ano e apostando em cotações ainda mais baixas.
O motivo da queda é a combinação de elevação nas importações de produto do Mercosul e o ritmo lento nas exportações. Com cotações nos portos ainda mais baixas do que no mercado físico, os embarques vão perdendo ritmo.
As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 85,4 milhões em novembro (12 dias úteis), com média diária de US$ 7,1 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 505,1 mil toneladas, com média de 42,1 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 169,00.
Na comparação com a média diária de outubro, houve uma retração de 25,3% no valor médio exportado, uma perda de 23,6% na quantidade e perda de 2,2% no preço médio. Na comparação com novembro de 2015, houve perda de 82,2% no valor total exportado, retração de 82,3% na quantidade total e valorização de 0,6% no preço médio.
Em relação ao mercado, os preços voltam a recuar na semana. No porto de Santos, a referência ficou em R$ 34,50 a saca para o disponível. Em Paranaguá, indicação de R$ 33,50 a saca. No Paraná, a cotação ficou em R$ 33,00/34,00 em Cascavel. Em São Paulo, o preço esteve em R$ 35,00/36,00 a saca na Mogiana. Em Campinas CIF, a cotação ficou em R$ 37,00/38,00.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 40,00/42,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 40,00 em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 37,00/38,00 em Rio Verde. Em Mato Grosso, preço ficou entre R$ 25,50/28,00 a saca.
Os preços praticados atualmente são os menores do ano. A cotação de R$ 35,00 em Mogiana, São Paulo, acumula perda de 34% se comparada com a cotação máxima de 2016. No pico da temporada, no final de maio, a saca trocava de mãos a R$ 53,00.