Nos próximos dias, de 22 a 24 de outubro, a Embrapa Suínos e Aves abre as portas para a divulgação da ciência de uma maneira especial. Com a realização da quinta edição do Dia de Campo da Ciência, a Embrapa e parceiros abordarão o tema “Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável”, em cincos estações do conhecimento. Na estação da Ciência na Avicultura e Suinocultura, o foco será a produção de energia a partir dos resíduos da produção
O objetivo é mostrar a alunos de 5º e 6º ano do ensino fundamental de escolas de Concórdia e região do Alto Uruguai Catarinense, além de municípios vizinhos do Rio Grande do Sul, como a ciência contribui no processo que envolve a bioeconomia, um modelo de produção industrial baseado no uso de recursos biológicos, com objetivo de oferecer soluções para a sustentabilidade dos sistemas de produção com vistas à substituição de recursos fósseis e não renováveis. “Fazer com que a sociedade, especialmente essa geração mais nova, conheça e perceba como a ciência permeia o dia a dia é a grande missão deste evento”, comentou a chefe geral da Embrapa, Janice Zanella.
A realização do evento, que integra a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – SNCT, é da Embrapa Suínos e Aves com a parceria do Consórcio Lambari, Comitê do Rio Jacutinga e Contíguos, Centro de Divulgação Ambiental Usina Hidrelétrica Itá – CDA, Universidade do Contestado – Campus Concórdia e Equipe Co-Gestora do Parque Estadual Fritz Plaumann – ECOPEF. O evento neste ano também conta com o apoio do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário – Sinpaf (Seção Local).
O Dia de Campo da Ciência será realizado em três dias, pela manhã e à tarde, atendendo às escolas conforme o agendamento prévio realizado em maio. A dinâmica inclui a apresentação de conteúdo em forma de estações, com instrutores.
Na estação da Ciência nos Laboratórios, de responsabilidade da Embrapa, a abordagem será voltada para o desenvolvimento de revestimentos protetores para ovos, por meio do suporte de estudos sobre nanotecnologia. Nessa estação, os alunos conhecerão o projeto de pesquisa que resultou em ovos mais resistentes à quebra e à contaminação, com maior vida útil de prateleira. Já na estação da Ciência na Avicultura e Suinocultura, o foco será a produção de energia a partir dos resíduos da produção. A Embrapa apresentará alternativas de utilização dos resíduos, como o biofiltro, tecnologia que utiliza bactérias para purificar o biogás gerado a partir dos dejetos suínos das granjas possibilitando o uso para combustível veicular. O produto é alinhado ao conceito de energias renováveis.
A Ciência no Meio Ambiente será apresentada em três estações. Uma delas será sobre agrofloresta, onde o Consórcio Lambari mostrará para os alunos que o conceito é sobre uma forma ancestral de uso da terra, que consiste em combinar espécies frutíferas, lenhosas/madeireiras com cultivos agrícolas, e até mesmo animais, com vantagens ambientais e econômicas para a sociedade e para a agricultura familiar, para substituir a prática de desgaste do solo e uso do próprio fertilizantes.
Outra estação do meio ambiente será coordenada pelo Comitê do Rio Jacutinga, Equipe Co-Gestora do Parque Estadual Fritz Plaumann – ECOPEF e Universidade do Contestado – UnC Campus Concórdia sobre Recursos Naturais e Sustentabilidade, onde abordarão sustentabilidade na produção e transformação da luz. Nessa estação, os estudantes vivenciarão a história da trajetória da lâmpada, desde o modelo desenvolvido no período de Thomas Edison até as lâmpadas presentes em nossas casas (incandescentes, fluorescente ou LED), bem como a sustentabilidade energética decorrente da mudança tecnológica. Os visitantes poderão conhecer como a qualidade da luz produzida evoluiu com as novas tecnologias empregadas, bem como as possibilidades de mudanças nas frequências luminosas (cores) para cada uso.
O Centro de Divulgação Ambiental Usina Hidrelétrica Itá – CDA falará sobre ictiofauna, abordando o conceito (conjunto de peixes de uma determinada região), a diversidade de peixes da nossa região, bem como sobre o monitoramento da ictiofauna realizado pela UHE Itá.