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Energia Solar

Energia solar sofre aumento de demanda

Em tempos de inflação e preços altos, tecnologia ganha ainda mais destaque no Brasil

Energia solar sofre aumento de demanda

Como reforçado pelo portal Multiplix, recentemente a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou que o aumento na tarifa de energia elétrica pode ser o maior dos últimos três anos. A estimativa é que o acréscimo médio seja de 13% a mais este ano. Um reajuste médio de 5% também deve ocorrer em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Desta forma, muitas pessoas buscam formas de economizar na fonte de energia elétrica. Uma delas é a utilização da energia fotovoltaica, popularmente conhecida como energia solar.

Para saber as vantagens e desvantagens da utilização da energia fotovoltaica, que vem ganhando ainda mais adeptos em todo o Brasil, a reportagem do Portal Multiplix conversou com o engenheiro Dannyo Escobar.

Ele explica que os impactos sociais e ambientais são algumas das vantagens oferecidas por este tipo de energia.

“A importância da energia solar ou fotovoltaica pode ser avaliada através do seu impacto social e ambiental. O impacto social ocorre porque se aplicada em comunidades de baixa renda pode dar acesso à luz solar em ambientes escuros e de pouca segurança, facilitando também a melhoria do saneamento básico e outros serviços essenciais. E do ponto de vista ambiental, por gerar energia sem emitir gases, reduzindo o efeito estufa, sendo uma energia alternativa, limpa e renovável”, declarou.

Ele afirma que a utilização desta energia renovável ajuda no combate ao aquecimento global, ganhando a adesão de inúmeras empresas.

Segundo o engenheiro, as principais vantagens da utilização de energia solar são:

Reduzir em até 95% a conta de energia elétrica que você recebe todo mês
Retorno financeiro sob seu investimento muitas vezes acima de investimentos comuns na vida do brasileiro, como fundos de renda fixa, tesouro direto e caderneta de poupança
O investimento para aquisição de um sistema residencial, por exemplo, se paga em média entre 4 a 6 anos
Tecnologia garante ao seu proprietário uma economia durante pelo menos 25 anos, tempo de vida útil padrão do painel solar (e que pode durar por mais tempo)

Imediata valorização do imóvel após a instalação
Para clientes com perfil mais comercial, por exemplo, o reconhecimento por uma ação de pioneirismo e a possibilidade de ações de marketing verde acerca do sistema solar e seus benefícios ambientais aumentam, ainda mais, o apelo pela aquisição do sistema, tornando possível não só o retorno tangível como também o intangível
Uma última, mas não menos importante, vantagem da energia solar no Brasil para os consumidores de energia é o fato de que ela protege contra a inflação do custo da geração elétrica no país, a qual mantém a maioria dos consumidores expostos a aumentos repentinos nas suas respectivas contas
“Existem diversas vantagens nesta forma de gerar energia e que podem variar de acordo com o perfil e expectativa de cada gerador. Mas sem dúvida, o benefício da economia com a redução de (possivelmente) quase todo o custo nas contas de energia elétrica é, certamente, a principal vantagem para todos os consumidores que adquirem um sistema de energia solar no Brasil’, conta Dannyo.

Na visão do profissional, a principal desvantagem é a dificuldade de levar esta tecnologia para várias camadas da população.

“É muito comum ouvir que a instalação de sistemas de energia solar fotovoltaica no Brasil é cara, quando ainda não se encontra formas de obtê-la. Isso ocasiona um certo descontentamento e frustração por parte daqueles que desejam não só economizar bastante dinheiro com a instalação de um sistema, mas também participar desse movimento de empoderamento e revolução energética. Normalmente, o crescimento de tecnologias com alto potencial de impacto social se dá paulatinamente e de forma gradual, penetrando primeiro algumas camadas da sociedade, que abrem caminho para outras”, conta Dannyo.

Além dos reajustes nas tarifas de energia elétrica, a inflação também vem aumentando, gerando gastos maiores. Assim, Dannyo relata que a procura pela adoção da energia solar em residências ou empresas tem subido consideravelmente.

“Sim o setor de energia solar em meio à pandemia foi e ainda é o setor que mais possui demanda de serviços e empregos. Um exemplo é que só em 2020 o crescimento foi de mais de 100%, comparando com o ano anterior. Neste ano, a expectativa é que o Brasil dobre novamente o crescimento, gerando a necessidade de mais empresas especializadas e mais mão de obra para atuar com essa tecnologia”, destaca, completando.

“A instalação é feita de maneira bem simples, variando de acordo com o tipo do telhado onde os módulos serão instalados e de acordo com o tamanho do sistema (Módulos Fotovoltaicos x Área disponível)”, afirma.

A energia solar é gerada por meio da incidência de luz natural em placas com células de silício. Sua utilização pode reduzir em até 95% a dependência da energia distribuída pelas concessionárias. Por se tratar de uma fonte renovável, é recomendada por especialistas devido ao baixo impacto ambiental.

Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Rio de Janeiro é o 7º estado que mais produz esse tipo de energia. As outras unidades da federação à frente do Rio são, respectivamente, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. Em 2017, o Brasil foi o 10º país que mais investiu nesta forma de gerar energia.

O investimento em fontes renováveis de energia vem crescendo nos últimos anos em decorrência da crise mundial e da necessidade de atender às novas demandas. Assim, países emergentes, como China e Índia vêm olhando com maior atenção para o mercado. Entre as energias renováveis, estão biomassa, eólica e solar.

Em 2015, o investimento na área bateu recorde mundial chegando à marca de 286 bilhões de dólares, tendo um aumento considerável entres os países em desenvolvimento de acordo com relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O fomento nas nações emergentes subiu 19% em 2015 e nos países em desenvolvimento diminuiu 8%.