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Internacional

Entidades rurais do Mercosul que acordo de livre comércio com União Europeia

Posicionamento foi divulgado em reunião na Argentina, com participação da CNA. Produtores do bloco defendem que interesses comuns têm de ser levados em conta pelos países da região.

Entidades rurais do Mercosul que acordo de livre comércio com União Europeia

A Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM) defendeu a conclusão das negociações do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia para ampliar o acesso dos produtos agropecuários da região ao mercado europeu. Assim, as autoridades sul-americanas devem “dobrar os esforços para concluir com êxito as negociações”, afirma a FARM em documento.  “O encerramento das negociações em curso com a União Europeia, que deve refletir de forma equilibrada os interesses dos dois blocos, será um sinal relevante para retomar o caminho indicado”, conclui.

A manifestação foi feita em comunicado da Federação, na última reunião do colegiado, realizada na última sexta-feira (31/7), em Palermo, na Argentina, durante a 129ª Exposição de Pecuária, Agricultura e Indústria Internacional. A FARM é composta pelas principais entidades do setor agropecuário do bloco sul-americano. No Brasil, os representantes brasileiros são a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Sociedade Rural Brasileira (SRB).

No documento, a FARM enfatiza a necessidade de o Mercosul ter como uma das prioridades, ações voltadas para o desenvolvimento do setor agropecuário, contemplando o interesse comum dos produtores rurais do bloco. “Estas ações não devem estar condicionadas a diferentes circunstâncias políticas. Por isso, pedimos às autoridades para assumir um compromisso político no mais alto nível, a fim de avançar decisivamente com um Mercosul que atenda aos objetivos que levaram à sua criação”, diz o comunicado. 

A FARM afirma, ainda, a necessidade de se continuar com os programas de combate e erradicação da febre aftosa no bloco, a fim de manter o status de zona livre da doença com vacinação. “Esta situação permitiu o reconhecimento internacional do bloco como livre da aftosa com vacinação e consolidou o Cone Sul como um fornecedor confiável de carne de bovina e ovina para o mundo”, reitera a entidade sul-americana, que avalia que uma eventual suspensão do uso da vacina no rebanho bovino da região deveria ser analisada com critérios científicos, para evitar a reintrodução da enfermidade e impactos sociais e econômicos negativos.