O Equador registrou um novo surto de influenza aviária, o segundo desde o final de novembro, em granjas de duas províncias andinas centrais do país. Os novos casos permanecem sob cerco epidemiológico, disse o ministro da Agricultura, Bernardo Manzano, na segunda-feira.
Em entrevista coletiva, ele informou que cerca de meio milhão de aves estão sendo analisadas nos incubatórios afetados, localizados principalmente nas províncias de Cotopaxi e Bolívar.
Ele precisou que a Organização Mundial de Saúde Animal considera que a gripe aviária altamente contagiosa é sazonal e que os surtos começam com manifestações leves em setembro, crescem em outubro e registram um pico em fevereiro, devido à migração de aves silvestres.
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Ele pediu à população que denuncie rapidamente qualquer suspeita de contágio para ações de controle oportunas.
Devido ao nervosismo gerado na população, até o final do ano houve uma redução de 15 a 20% no consumo de produtos avícolas como frango, ovos e peru.
No final de novembro, como resultado do primeiro surto, cerca de 300.000 aves foram infectadas com a influenza aviária, do subtipo H5N1 que não afeta humanos, segundo informações oficiais. Eles foram sacrificados ou acabaram mortos após a infecção.
Esse número representa 0,15% do total do país, segundo cálculos oficiais. Devido à situação, este país declarou estado de emergência sanitária por 90 dias.
O alerta no Equador veio depois do declarado pelo Peru em novembro, após encontrar um rastro diário de aves marinhas mortas nas praias da costa do Pacífico. Aproximadamente 14.000 aves marinhas selvagens morreram no país vizinho de gripe aviária que as autoridades presumiram ter sido contraída de aves migratórias.
O primeiro foco de contágio equatoriano foi detectado na província de Cotopaxi, na serra central, área que concentra 60% da produção nacional, mediante a aplicação de amostragem periódica de controle em resposta ao alerta internacional para os casos relatados no Peru, Colômbia, México, Estados Unidos e Canadá.
No Equador, existem 1.810 fazendas com uma produção de 260 milhões de frangos, 16 milhões de galinhas poedeiras e dois milhões de produtores.
