A escassez de carne de porco e a presença de currais vazios demonstram apenas aos cubanos que a escassez deste produto nos últimos dias de 2019 se estende até o início de 2020.
O jornal Diario de Cuba entrevistou moradores da localidade de Mayarí, em Holguín, que denunciaram e lamentaram que a produção do referido animal não fosse suficiente para a demanda das férias de fim de ano.
Xiomara, uma enfermeira aposentada, disse que a carne não é vista no mercado da cidade há muito tempo, e também não há presença de suínos vivos.
A enfermeira lembrou que em ocasiões anteriores havia venda de carne barata pelo Estado e os comerciantes privados tinham bastante.
Um produtor ndependente identificado como Adriel disse ao jornal que o preço máximo de 25 pesos por libra de carne de porco era insuficiente e, portanto, não tinha escolha a não ser aumentá-lo para 28.”Eu tive que subir até 28 porque paguei os animais a 16 libras a pé nas montanhas, quase chegando à província de Santiago de Cuba”, explicou ele, lembrou também que a viagem lhe custou mil pesos pelo preço do combustível.
Além da crise econômica, o declínio da produção suína em Mayarí é acompanhado pela prisão de Bismar Rodríguez, acusado de “enriquecimento ilícito” , que foi o maior criador da região por meio da empresa suinícola HOLPOR.
Isso levou ao desaparecimento de um esquema eficiente em que vários criadores participaram e também ao aumento da infraestrutura abandonada, conta o jornal cubano.
A situação das granjas vazias também se deve à falta de ração para animais.
A mídia independente indicou que, na criação de suínos nas montanhas por meio de frutas e palmiche, é a única coisa que impede que a carne preferida pelos cubanos ainda esteja presente em Mayarí.