Redação (01/06/06) – Hoje, quinta-feira (1 de junho) retorna ao Brasil a comissão da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária- Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura , Pecuária e Abastecimento formada pelo pesquisador Cláudio Bragantino e pelo consultor Roberto Castelo Branco, e o futuro embaixador do Brasil em Gana, Luiz Fernando Serra . Com eles virá o Acordo de Série, documento que contém as prerrogativas e as concessões de Gana para a instalação do escritório da Embrapa África. Depois de chegar ao Brasil e ser analisado por autoridades diplomáticas brasileiras, os papéis serão assinados pelos ministros das Relações Exteriores dos dois países, selando desse modo, o acordo para a instalação da Embrapa naquele país.
Os três brasileiros em visita à Gana, mais o atual embaixador do Brasil no país, Paulo Wolowski, também estão decidindo junto às autoridades, em que local do país será instalada a parte física do Escritório que visa compartilhar conhecimentos com pesquisadores de todo o continente, e assim contribuir para o desenvolvimento sustentável, social, econômico, para a segurança alimentar e para o combate à fome na África. A ajuda será baseada na transferência de tecnologia e em projetos de desenvolvimento agrícolas. Além disso, a Embrapa vai oferecer assistência técnica aos pesquisadores africanos para formação e desenvolvimento de recursos humanos.
O novo Escritório também tem como objetivo buscar oportunidades para o agronegócio brasileiro e terá como ponto principal as parcerias com organismos doadores e deverá ser formado por dois técnicos , devendo ser instalado ainda no segundo semestre deste ano. O pessoal de apoio será fornecido por Gana. Para 2006 está previsto um orçamento de US$ 300 mil, e nos próximos cinco anos, US$ 500 mil dólares por ano.
A apresentação do escritório da Embrapa África se deu durante a I Reunião de Geral de Chefes da Embrapa deste ano, que acontece em Brasília, até o próximo dia 2, pelo coordenador adjunto da Coordenadoria de Cooperação Internacional, Sotto Pacheco Costa que também explicou o motivo da escolha do Gana como país sede, por ser um país de colonização francesa, o que o torna um país estratégico e geopoliticamente neutro, em um território de maioria lusófona.