A Rússia estendeu seu embargo de produtos exportados da União Europeia por mais seis meses até 31 de janeiro de 2016, em retaliação a decisão da EU de estender suas próprias sanções econômicas visando pressionar Moscou a solucionar o conflito Ucraniano.
Na segunda-feira, os ministros da UE reunidos em Luxemburgo aprovaram uma extensão de sanções referentes à energia, defesa e setores financeiros russos que foram “colocadas em resposta ao papel desestabilizador da Rússia no leste da Ucrânia” de seis meses, disse um comunicado da UE. Isso ratificou uma decisão tomada por autoridades na semana passada.
O governo da Rússia apresentou uma proposta para estender a proibição de importação de alimentos para seis meses ao Presidente Vladimir Putin, a porta-voz do primeiro-ministro Dmitry Medvedev citada pela agência de notícias TASS.
“Tendo em conta que a União Europeia ampliou as sanções contra a Rússia durante meio ano, peço-lhe para preparar a minha proposta ao presidente para estender a condição presidencial (sobre a proibição) para este período”, disse Medvedev uma reunião com seus adjuntos.
O Ministério do Exterior russo disse que está profundamente decepcionado que o conceito “Russofobia” na UE tenha prevalecido, aludindo às divisões na UE sobre sanções.
A proibição abrange as importações de frutas, legumes, carne, aves, peixe e laticínios da União Europeia. De acordo com Debbie Butcher, analista sênior do Conselho de Desenvolvimento da Agricultura e Horticultura no Reino Unido, a extensão do embargo foi “nenhuma surpresa”.
Ela disse que os países mais afetados pela proibição foram Itália, Espanha, Portugal e Alemanha, todos os quais exportavam volumes consideráveis de carne bovina processada para a Rússia. No entanto, ela disse que a quantidade que a Rússia costumava importar apenas representava menos de 1% da produção carne total da UE e o “mercado da UE tem feito muito bem em encontrar outros mercados ao redor do mundo” para compensar essa lacuna.