Um estudo realizado pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que é possível substituir os antibióticos promotores de crescimento na dieta de frangos por extratos de lúpulo, sem prejudicar o sabor e o aroma da carne. Essa substituição é importante porque os antibióticos deixam resíduos nos animais que podem ser prejudiciais à saúde humana e também representam uma barreira para a exportação de frangos.
Os experimentos foram conduzidos com dezenas de frangos de corte suplementados com diferentes dietas por 42 dias na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) da USP. Depois do abate, os filés de peito dos frangos foram analisados quimicamente e a carne dos frangos que receberam a dieta com extratos de lúpulo apresentou propriedades semelhantes à dos que receberam a dieta convencional com antibióticos.
Além disso, a carne dos frangos que consumiram lúpulo durante a vida possuía maior capacidade de resistir à oxidação em comparação com a carne dos animais que não receberam os extratos da planta. A pesquisa contribui significativamente para o objetivo de produção e consumo sustentáveis estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).