O ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Rodrigues, esteve reunido com lideranças empresariais e políticas debatendo o futuro do agronegócio, em Porto Alegre. A convite do LIDE Rio Grande do Sul – Grupo de Líderes Empresariais, Rodrigues realizou a palestra “O agronegócio como propulsor do desenvolvimento brasileiro”.
O ex-ministro do Mapa destacou o comprometimento dos candidatos à presidência em procurar as lideranças do agronegócio a fim de debater o setor. Segundo Roberto Rodrigues, este estreitamento ocorreu pela primeira vez, reforçando a importância que a agricultura tem hoje na macroeconomia.
Além disso, o especialista, que também é coordenador do Centro de Agronegócios da FGV e presidente do LIDE Agronegócio, coordenou um plano de governo destacando os principais pilares para potenciar o setor. O projeto foi entregue aos três principais presidenciáveis.
“É um plano de governo com os temas centrais que interessam para agricultura – sustentabilidade, competitividade, orientação ao mercado, segurança jurídica e o tema da governança”, concluiu.
Sobre a questão da governança, Rodrigues ainda descontraiu durante palestra que nem Jesus Cristo pode dar conta das ações do Mapa, caso não haja um comando sério. Segundo o ex-ministro, interesses envolvendo prefeitos e governadores acabam engavetando ou protelando ações concretas para o agronegócio, em função da falta de governança.
Dos três candidatos, apenas Dilma Rousseff ainda não respondeu diretamente as sugestões do plano, terceirizando as respostas por meio de um interlocutor do Planalto.
Roberto Rodrigues, que atualmente é embaixador especial da FAO para o Cooperativismo, ainda se mostrou esperançoso com as estratégias traçadas para o agronegócio e destacou que nenhum outro país ou continente apresenta as condições favoráveis que o Brasil possui para atingir uma taxa de crescimento de 4,5% ao ano, a partir da safra de 2022/2023. “Temos terra, tecnologia tropical sustentável e gente capaz”, sustenta
Rodrigues respondeu pelo Mapa entre 2003 e 2006, no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).