Um pequeno grupo de ex-produtores de aves se reuniu na manhã deste sábado, na Praça Angelo Piazera, no Centro, de Jaraguá, SC. Os avicultores aderiram à onda nacional de protestos e solicitaram que o poder público ajude a buscar de medidas para o setor de produção agrícola desfalcado desde dezembro de 2011 com o fechamento da Seara Alimentos.
Na época, cerca de 200 produtores de aves da região, que mantinham parceria com a empresa, enfrentam hoje dificuldades financeiras com o fechamento da unidade em Jaraguá. Hoje, apenas cerca de 30 criadores de aves continuam fornecendo para a Seara, que mantem unidades em outras cidades do Estado.
O ex-produtor de aves Ademiro Krüger participou do manifesto e contou que teve de abandonar a criação de aves e buscou trabalho em uma empresa metalúrgica. Segundo ele, 40 mil aves eram criadas a cada dois meses, o que rendia cerca de R$ 20 mil para a família Kruger. Ele e a família viviam da avicultura desde 1996.
Para Kruger, a Prefeitura e Câmara de Vereadores de Jaraguá devem buscar meios de ajudar os avicultores desfalcados.
Elizeu Guimarães Souza, ex-produtor em Schroeder, critica o poder público municipal e estadual.
— Na véspera da eleição todo mundo prometia soluções e agora nós caímos no esquecimento. Não houve articulação política para trazer outra empresa pra cá —, desabafou Elizeu.
O encontro foi promovido pelo vereador Eugênio Juraszek (PP), que desde abril deste ano acompanha o Instituto de Planejamento Físico-Territorial (Ipplan) em uma pesquisa de campo sobre o impacto econômico gerado pelo fechamento da Seara Alimentos, para traçar estratégias e ajudar na geração de novos negócios utilizando os aviários parados.