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Êxodo rural perde força no Paraná

<p>O Censo Agropecuário 2007 vai mostrar forte tendência de queda no exôdo rural no Paraná fenômeno que marcou a história do Estado nas últimas três décadas.</p>

Redação (02/07/08) –  Segundo dados já registrados pelo IBGE, o total de estabelecimentos agropecuários se aproxima dos 369 mil contados pelo Censo Agropecuário de 1996. Naquela época, o Paraná acumulava redução de 180 mil unidades produtivas em 25 anos.

Com 87% dos dados apurados, o IBGE já contou 330 mil estabelecimentos agropecuários no Paraná. Ainda devem ser preenchidos de 30 a 40 mil questionários, estima o coordenador do censo no estado, Jorge Mryczka.

O número de estabelecimentos supera em 50 mil as estimativas de organizações como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Paraná (Fetaep). Os líderes do setor previam redução apontando falta de perspectiva para o jovem no campo e abandono da atividade pelos produtores mais idosos.

No entanto, os dados apurados até agora mostram situação bem diferente. O mais provável é que os produtores estão em melhor situação econômica e que houve certa redução na migração para centros urbanos, afirma a pesquisadora Vanessa Fleishfresser, que estuda o assunto desde a década de 70 e atua no Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Apesar de os números do Censo Agropecuário 2007 mostrarem recuo no êxodo, não refletem propriamente a permanência do homem no campo, observa Vanessa. Ela considera que a tecnificação dispensa mão-de-obra inclusive na agricultura familiar. A estimativa do Ipardes é de que a Região Metropolitana de Curitiba concentre 44% da população do Paraná em 2020.