Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

EXPORTAÇÃO

Exportação de carne suína demonstra resiliência em setembro, com forte desempenho anual

Exportação de carne suína demonstra resiliência em setembro, com forte desempenho anual

As exportações de carne suína do Brasil, abrangendo produtos in natura e processados, registraram um ligeiro recuo em setembro em comparação com agosto, embora tenham mantido um notável desempenho em termos anuais. A demanda internacional por carne suína brasileira permaneceu aquecida, com a média diária de embarques no último mês alcançando o segundo maior valor em toda a série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que teve início em 1997.

De acordo com dados da Secex analisados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em setembro, o Brasil exportou 111,2 mil toneladas de carne suína, representando uma leve diminuição de 0,2% em relação a agosto, porém um impressionante aumento de 9,8% em comparação ao mesmo período de 2022. É importante ressaltar que a redução no volume mensal está relacionada ao menor número de dias úteis no mês.

A média diária de exportações em setembro, em vinte dias úteis, atingiu 4,9 mil toneladas, um aumento significativo de 13,2% em relação a agosto e uma expansão de 9,7% no comparativo anual. É digno de nota que essa média é a segunda maior registrada em toda a série histórica da Secex, ficando atrás apenas das 5,2 mil toneladas alcançadas em abril deste ano.

Em termos financeiros, a receita em dólares proveniente das exportações de carne suína atingiu US$ 243,5 milhões em setembro, o que representa uma redução de 3,2% em relação a agosto, mas um aumento de 0,6% em relação a setembro de 2022. Em moeda nacional, as exportações geraram cerca de R$ 1,2 bilhão, com quedas de 2,2% em relação ao mês anterior e 4,8% em comparação ao ano anterior, conforme dados da Secex.

O volume de produtos suinícolas exportados para a maioria dos principais parceiros do Brasil diminuiu de agosto para setembro, especialmente na Ásia. A China, Filipinas e Vietnã reduziram suas aquisições em 6,3%, 17,9% e 9,5%, totalizando 28,1 mil toneladas, 12,7 mil toneladas e 7,7 mil toneladas, respectivamente.

Apesar da diminuição do volume enviado a esses grandes parceiros asiáticos, México e Canadá intensificaram suas compras de carne suína brasileira. Esses dois destinos são considerados comércios “recém-abertos”, com o México começando a importar carne suína do Brasil em fevereiro deste ano e se tornando um dos 15 maiores importadores da carne brasileira. O mercado canadense foi aberto no ano passado e tem aumentado gradualmente as importações. Como resultado, de agosto para setembro, o México aumentou suas aquisições do Brasil em 34,4%, importando 5,4 mil toneladas do produto no último mês, enquanto o Canadá elevou suas compras em impressionantes 37,8%, importando 2,8 mil toneladas do Brasil em setembro.