De acordo com informações do governo divulgadas nesta quarta-feira, a exportação de milho do Brasil atingiu a marca de 2,28 milhões de toneladas em fevereiro, o maior volume registrado para o mês desde 2016.
Esse aumento pode ser atribuído à demanda adicional da China e aos estoques acumulados em virtude da safra recorde de 2022.
Em relação ao mesmo período do ano passado, os embarques do cereal brasileiro triplicaram de tamanho, uma vez que, em 2021, a disponibilidade de milho foi afetada pela ocorrência de fenômenos climáticos adversos.
Mas o papel da China, que importou cerca de 1 milhão de toneladas em janeiro, está sendo notado pelas autoridades, após o país asiático ter aberto seu mercado ao Brasil ao final do ano passado. Os dados preliminares de fevereiro não incluem números por nação importadora.
“A abertura do mercado da China certamente favorece os embarques do milho. A produção brasileira também, o Brasil deu um salto de produção”, disse subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a jornalistas.
Segundo ele, atualmente, o milho “rivaliza” em produção com a soja.
“Antes era muito superior (à soja). Então é uma das principais culturas produzidas e tem previsão de aumento de safra”, comentou, em referência à safra recorde esperada para 2023.
No caso da soja, fevereiro marca o início dos maiores volumes de exportação da nova safra brasileira, mas o total embarcado ficou abaixo do mesmo período do ano passado, quando a colheita foi mais adiantada.
O maior exportador global de soja embarcou pouco mais de 5 milhões de toneladas de soja no mês passado, 1 milhão de tonelada a menos que em igual período de 2022.
Boa parte de outras importantes commodities exportadas pelo Brasil também apresentaram recuo em fevereiro na comparação anual, como café, açúcar e petróleo.