O diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, pediu ontem (18) coordenação internacional no combate à fome mundial e à volatilidade dos preços dos alimentos.
Antes da cúpula dos líderes das 20 maiores economias do mundo (G-20), que acontece em novembro, em Cannes, Diouf afirmou que medidas coordenadas são cruciais em momento de crise. “Os preços dos alimentos continuarão elevados e voláteis nos próximos anos”, disse, acrescentando que os países precisam evitar “ações contraditórias.”
Diouf e o ministro de Agricultura da França, Bruno Le Maire, participaram ontem de uma coletiva conjunta sobre a questão da volatilidade dos preços – uma das principais preocupações para presidência francesa do G-20.
Diouf não se arriscou a dizer se o G-20 fornecerá respostas concretas ao problema da volatilidade dos alimentos, mas disse que os países isolados não têm ferramentas suficientes para lidar com as altas de preço, e investimentos em pesquisa, inovação e agricultura são fundamentais.
La Maire também destacou os biocombustíveis e a compra de terras por estrangeiros, mas afirmou ser difícil lidar com tais assuntos “imediatamente.”
Fome no mundo – Representantes da FAO e do Programa Alimentar Mundial (PAM) também advertiram a comunidade internacional sobre a fome no mundo, considerada por eles alarmante e dramática.
Para os especialistas, a situação se agrava com o crescimento da população mundial e a elevação constante dos preços dos alimentos. A região que mais sofre no mundo é a conhecida como Chifre da África onde está a Somália.