O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou, nesta segunda-feira (16), em São Paulo, do primeiro Fórum Bioinsumos no Agro. O evento reuniu especialistas, pesquisadores e representantes do setor agropecuário com o objetivo de discutir e promover soluções inovadoras e sustentáveis para a cadeia.
O Brasil é reconhecido como líder mundial na utilização de defensivos agrícolas biológicos no campo, com mais de 600 produtos comerciais registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Para este ano, a expectativa é registrar mais 100 novos produtos de base biológica.
Durante a abertura do evento, o ministro enfatizou a importância da sustentabilidade e do respeito ao meio ambiente, destacando o crescimento significativo da produtividade agrícola no Brasil. Ele ressaltou a relevância dos bioinsumos para o futuro do desenvolvimento do país e a competência do Brasil nesse campo.
Um estudo realizado pela CropLife Brasil, em conjunto com a S&P Global, projeta um valor de R$ 17 bilhões para o mercado de bioinsumos até 2030, com uma taxa de crescimento de 23% entre 2022 e 2030.
Mais de metade dos agricultores brasileiros já adota essa tecnologia, consolidando o Brasil como líder na utilização de biocontrole e biofertilizantes.
O ministro Fávaro também destacou as iniciativas do Mapa, incluindo a Rede de Inovação de Bioinsumos e a parceria com a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) para desenvolver novos produtos e reduzir a dependência de fertilizantes fósseis.
O evento foi organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), CropLife Brasil e Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg).
A programação incluiu quatro painéis que abordaram diversos aspectos, como o panorama atual do mercado no Brasil e no mundo, políticas públicas e regulamentação, biodefensivos e novas tecnologias no mercado, além dos cenários dos biofertilizantes e bioinoculantes.
Os bioinsumos são produtos baseados em componentes biológicos, como microrganismos e extratos vegetais, que são usados para o controle de pragas e doenças, o desenvolvimento de plantas e o aumento da fertilidade do solo, contribuindo para a sustentabilidade em toda a cadeia de produção.
Para promover o desenvolvimento sustentável da agropecuária brasileira, o Mapa mantém o Programa Nacional de Bioinsumos, que busca facilitar o acesso das indústrias a instituições de pesquisa para o desenvolvimento de novos produtos. A pasta também está envolvida em iniciativas para reduzir a dependência de fertilizantes importados.
No âmbito da regulamentação, o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, participou de um painel sobre políticas públicas e regulamentação, ressaltando a importância da regulamentação para a segurança do setor. O debate contou com a participação de representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Embrapa.