Da Redação 10/11/2003 – 04h35 – A 11 Feira Nacional do Milho (Fenamilho) começou sábado (08/11), com perspectivas ruins para a cultura que deu nome à feira, na década de 50, em Santo Ângelo. O governador Germano Rigotto e o ministro do Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, participaram da abertura da festa.
O milho perdeu 30% de área no município nesta safra em comparação com a anterior. Cerca de 95% dos 3,5 mil hectares destinados à cultura já foram plantados. A estimativa de produtividade é de 3,6 mil quilos por hectare. Conforme o chefe de escritório da Emater de Santo Ângelo, Diomar Formenton, a área cultivada diminuiu devido ao bom preço pago pela soja na safra passada. Estimulados, os agricultores decidiram ampliar a área da oleaginosa. Outro motivo da redução seria a crise na suinocultura, que utiliza o milho na alimentação.
“Isso preocupa. O milho é fundamental para sustentar as pequenas propriedades” diz Formenton.
Linha de crédito para facilitar os negócios
A Fenamilho não é unicamente uma feira rural: transformou-se em espaços para shows, lazer e negócios também da indústria e do comércio. Hoje e amanhã, ocorre o Agronegócio em Destaque, uma das novidades do evento. Nesses dias, instituições bancárias fornecerão crédito para negócios do setor agropecuário, com juros que variam de 4% a 13,75% ao ano. A feira prossegue até o dia 16.
No sábado, um remate de cavalos crioulos vendeu 15 dos 21 animais levados ao Parque de Exposições Siegfried Ritter, em Santo Ângelo. O leilão realizado pela Cambará Remates reuniu cabanhas associadas ao Núcleo Missioneiro de Criadores de Cavalos Crioulos. O preço médio pago aos animais foi de R$ 3 mil. Duas éguas de cria foram adquiridas pelo valor mais alto, R$ 8 mil. O primeiro remate só com cabanhas missioneiras reuniu cavalos domados, éguas de cria e credenciados ao Freio de Ouro de oito cabanhas da região. O faturamento foi de R$ 45 mil.