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Fluxo de mercadorias em Santos deve ser afetadas com greve dos fiscais agropecuários

<p>A entrada e saída de mercadorias perecíveis no Porto de Santos, o maior da América Latina, deverão ser as áreas mais afetadas pela greve de cinco dias iniciada hoje (18) pelos fiscais federais agropecuários, vinculados ao Mapa.</p>

Redação (19/06/07) – É por lá que passa cerca da metade de tudo o que é produzido no país e segue para a exportação e quase o mesmo volume no caso dos importados. 

“Consideramos que esse espaço será o ponto nevrálgico do nosso movimento”, afirmou Marcelo Laurino, presidente regional da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa), em São Paulo.O objetivo da greve, conforme explicou, é retomar as negociações, realizadas em 2005, sobre itens que não foram atendidos como a reestruturação do Plano de Carreiras e implantação de uma escola em nível nacional de treinamento e capacitação.
     
Marcelo Laurino informou que a categoria quer uma revisão do salário básico, num total de 13 níveis diferentes, e também das gratificações. Ele informou que em São Paulo atuam cerca de 400 fiscais de um total no país de 4 mil, que incluem profissionais formados em agronomia, zootecnia, farmácia, química e veterinária. Na sua avaliação, esse número é insuficiente para atender a demanda de inspeções nos frigoríficos, matadouros, portos, aeroportos, laticínios, entre outros locais de atuação. Com o movimento, “pretendemos chamar a atenção para a vulnerabilidade do sistema”, apontou Marcelo Laurino.
     
 “Antes de embarcar um lote de soja para o Exterior, somos nós que vistoriamos o porão do navio para verificar se ele está limpo e em condições de atender as exigências sanitárias”, disse ele, acrescentando que o mesmo se aplica no caso, por exemplo, do trigo, que para atender o consumo interno, o país importa cerca de metade do que é consumido e na em sua maior parte da Argentina. Entre os quesitos analisados, “cabe a nós evitar a entrada de produto com pragas ou outro tipo de contaminação”.
     
De acordo com Marcelo Laurino, está sendo desenvolvida o que ele chama de "operação padrão", que consiste em permanecer nos locais de trabalho, mas sem efetuar as inspeções rotineiras. Ele informou ainda que só final da tarde, deverá ter uma avaliação sobre a adesão dos fiscais em São Paulo.