O tratamento de dejetos animais poderá proporcionar mais rentabilidade e sustentabilidade aos suinocultores goianos, por meio da geração de energia do biogás produzido nas propriedades rurais. Essa tecnologia será um dos temas do Fórum sobre Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono, na próxima quinta-feira (3), a partir das 14h, em Rio Verde (GO). O evento é coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com apoio da Embrapa Suínos e Aves, do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) e Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
O fórum é uma das ações do Mapa e de seus parceiros para sensibilizar os envolvidos na cadeia de carne suína para o uso de tecnologias que reduzam a emissão de gás carbono e propiciem maior sustentabilidade às atividades. O evento ocorrerá na Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Rio Verde e também servirá para reforçar a divulgação e a promoção dos benefícios da produção com baixa emissão de carbono aos produtores e consumidores.
Esse é o primeiro fórum sobre o tema a ser realizado este ano em Goiás, um dos principais polos da cadeia de suínos do país. Ao longo de 2016, outras 10 cidades brasileiras terão encontros semelhantes sobre suinocultura de baixa emissão de carbono.
Durante o evento em Rio Verde, consultores do Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono vão apresentar modelos de tratamento de dejetos animais, seguidos da avaliação econômica.
O fiscal federal agropecuário do Mapa Felipe José de Carvalho Corrêa abordará o Projeto Suinocultura de Baixa Emissão de Carbono e Plano ABC (Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura. O ABC faz parte do compromisso do Brasil de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE), assumido durante a 15ª Conferência das Partes (COP 15), na Dinamarca, em 2009.
A programação do fórum prevê ainda palestra dos consultores do Mapa Cleandro Pazinato Dias e Fabiano Coser. Eles vão falar sobre tecnologia de produção mais limpa na suinocultura brasileira e a geração de renda a partir dos dejetos da suinocultura.
Outros temas são as alternativas de tratamentos de efluentes na produção de suínos e as oportunidades de financiamento e linhas de crédito para tecnologias de baixa emissão de carbono.