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Frango caipira perde mercado

<p>Mesmo sendo parte do cardárpio brasileiro, avicultores sentem dificuldade de comercialização do produto.</p>

Redação (22/11/06) – Um projeto desenvolvido pela Secretaria de Agricultura de Astorga (a 50 km de Maringá), de fomento à criação de frango semicaipira, com avicultores locais não alcançou o sucesso desejado por conta da dificuldade de comercialização do produto, mesmo que ele tenha voltado a freqüentar o cardápio do brasileiro.
Trinta famílias de dois povoados rurais do município foram engajadas na atividade há três anos e deixaram a avicultura em julho de 2006, porque os diretores do abatedouro construído com verba governamental com o propósito de operar com frango semicaipira desistiram do negócio.

Um dos sócios do abatedouro, Sandro Fernandes, diz que a empresa acumulou dívida de R$ 700 mil em dois anos de abate de frango semicaipira.

“Continuamos trabalhando com a intenção de encontrar mercado para o produto, mas por enquanto não há nenhuma expectativa de retomar a atividade”, disse.

Fernandes explica que a qualidade do frango semicaipira era inquestionável, mas ficou comprovado que a ave não tem apelo comercial devido ao alto preço.

O valor chega a ser mais que o triplo em comparação ao da galinha confinada em granja.

O abatedouro foi construído há três anos com R$ 640 mil para prefeitura de Astorga e do governo do estado para operar exclusivamente com o abate de frango semicaipira.
Entregue em comodato à iniciativa privada, o abatedouro fechou as portas no início de 2004. No mesmo ano, um grupo formado por cinco empresários assumiu a direção do local.
O comprometimento dos empresários com a administração municipal foi de criar o mínimo de 85 empregos, abater 5 mil aves por dia e integrar 500 mil frangos semicaipiras no campo.