De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) o Brasil atingiu o recorde nacional de venda de veículos elétricos e híbridos em 2018. Foram vendidos de cerca de 4.000, um aumento superior a 20% em comparação com 2017.
O governo tem incentivado a adoção de tecnologias que aumentem a eficiência energética. Em dezembro, foi sancionado o novo programa de incentivos para montadoras no Brasil, o Rota 2030. Entre os benefícios, está a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os modelos movidos à eletricidade. Atualmente, de acordo com o DENATRAN, circulam no país 10 mil veículos – juntando elétricos e híbridos -, mas segundo as projeções da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), em 2026, essa frota deve aumentar para, aproximadamente, 360 mil veículos. Isso exige cada vez mais equipamentos e soluções compatíveis que preservem o meio ambiente, ofereçam uma carga rápida e também diminuam os custos com energia elétrica
Com esse crescimento, empresas da área de energia tem investido em projetos de infraestrutura para atender esta demanda, como por exempli a NeoSolar. O sócio-diretor da empresa, Raphael Pintão, diz que foram cerca de 100 carregadores instalados, tanto para uso individual (em residência) quanto para uso coletivo (shoppings, coworking e empreendimentos residenciais e comerciais). “Em 2018, esse segmento já representou 3% do faturamento total da NeoSolar, em um ano em que superamos os 60% de crescimento total. Acreditamos que esse ano, mesmo projetando um crescimento total de pelo menos 40%, a participação dos veículos elétricos deve aumentar”, acrescenta.
O diretor da Neosolar explica que os carregadores podem ser conectados à rede elétrica comum, sendo necessária apenas a adaptação elétrica do local para o equipamento. Porém, também é possível produzir o próprio combustível empregando energia 100% limpa. A empresa oferece, por exemplo, um modelo chamado CarPort, que basicamente é uma garagem ou cobertura feita com painéis solares, vinculada a um inversor de carga e ao próprio carregador. Dessa forma, a energia é injetada na rede pelos inversores, utilizada pelos carregadores e, então, transferida para o veículo. Há também a possibilidade de que as placas sejam instaladas sobre o telhado da residência. “A quantidade de painéis solares para abastecer o carro vai depender da radiação solar da região, da eficiência dos painéis, do carro e de seu padrão de uso, mas de maneira aproximada, um carro consome o equivalente à geração de dois a seis painéis solares de 2 metros”, afirma.