Fiscais federais agropecuários iniciam a semana mantendo a greve geral deflagrada ainda na última sexta-feira (16). Eles reagiram à nomeação do advogado Rodrigo Figueiredo para comandar a Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, o Ministério da Agricultura brasileiro. A categoria diz que não haverá prejuízos aos serviços considerados prioritários, e que envolvem, por exemplo, a segurança alimentar.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos servidores (Anffa Sindical), Wilson Sá, os grevistas estão em seus postos de trabalho e executam aqueles serviços nas áreas que são de suas competências, tais como animal e vegetal, inspeção, exportação, por exemplo. Na chamada ‘greve padrão’, eles optaram em permanecer nos seus locais de trabalho ao invés de cruzarem os braços e interromperem as atividades, segundo o dirigente.
O sindicato nacional estima 90% de adesão ao movimento, informou ainda presidente, ao Agrodebate. Além de cobrarem a revogação da portaria que nomeou o novo secretário da SDA, os eles reivindicam também a realização de concurso público. Conforme Wilson Sá, a publicação de um edital para o certame, anteriormente prevista, não se concretizou.
“Mantemos os serviços nas áreas prioritárias e também não será afetado o trabalho na área de fronteira”, disse o dirigente.
Em Mato Grosso, onde também houve adesão, são 73 fiscais federais. De acordo com o diretor da base regional, Guilherme Reis Dias, os agentes seguem a orientação da cúpula nacional e também estão na chamada ‘operação padrão’, quando mantêm os serviços. Segundo os profissionais, esta é uma maneira de manter a pressão sobre o governo.
Mas o diretor admite que o tempo de execução das tarefas pode ser prolongado. “A dinâmica de trabalho muda. Os prazos mudam, porque com a greve deflagrada temos constantemente servidores envolvidos com as assembleias, reuniões”, contextualizou Guilherme.