Por Humberto Luis Marques
A Doença de Gumboro proporciona um grande desafio à indústria avícola e causa grandes impactos econômicos na granja quando há identificação de aves infectadas, já que é altamente contagiosa e muito resistente ao ambiente. Ela atinge a Bolsa de Fabrícius, órgão linfoide primário, comprometendo a resposta imune das aves causando imunossupressão. “Embora essa enfermidade ainda seja relevante para a produção avícola brasileira, sabe-se que, quando os produtores adotam as medidas corretas de biosseguridade e vacinação, a proteção do plantel fica assegurada”, aponta o médico veterinário Filipe Fernando, gerente de Produtos da área de FAST da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.
Considerada controlada no Brasil, embora eventuais surtos possam acontecer, a enfermidade está presente em todos os países com elevada produção avícola. Estados Unidos, Índia e Rússia enfrentam situações bem adversas em relação ao vírus de Gumboro. Os Estados Unidos, primeiro a ter registro da enfermidade há cerca de 40 anos, continua enfrentando surtos e o surgimento de grande número de cepas variantes. Nos anos 1980, os americanos enfrentaram cepas altamente virulentas e, em 2004, novas variantes desafiaram as aves dos plantéis locais. “Em anos recentes, novas amostras surgiram devido a mutações e rearranjos entre as diferentes amostras do vírus que circula naquele país”, afirma a médica veterinária Iara Maria Trevisol, pesquisadora da Embrapa Suínos e Aves.