Os primos Luiz Fernando Furlan, Walter Fontana e Eduardo D’Ávila decidiram botar fim aos rumores de que participavam de uma articulação para derrubar o chairman Pedro Parente e ajudar a rival JBS a ficar com uma fatia da BRF.
Numa carta enviada hoje ao conselho de administração da BRF, os herdeiros mais proeminentes da Sadia declararam apoio à entrada da Marfrig como acionista de referência, apurou o Pipeline. Furlan é membro do conselho da BRF, com 0,76% do capital.
“Vemos de forma positiva a recente chegada à companhia da Marfrig como acionista relevante, estratégico, com amplo conhecimento do mercado e das peculiaridades do setor e, sobretudo, com a visão de longo prazo que consideramos crucial para o progresso da BRF e de todos aqueles que se conectam com ela”, escreveram.
Os herdeiros da Sadia também fustigaram — indiretamente — um membro distante da família que vinha articulando várias formas para tomar o controle da BRF.
“Os signatários deste documento não autorizam nenhuma pessoa — seja ela quem for — a falar em seus nomes, publicamente ou utilizando-se do anonimato”.
Nos bastidores, fontes apontam que Antônio Luz, filho de um enteado de Attilio Fontana, o fundador da Sadia, vinha alimentando os ruídos ao demonstrar um desconforto generalizado da família — um suposto consenso entre mais de 100 herdeiros.