Redação (26/06/07) – A afirmação é do vice-governador Silval Barbosa, que participou na manhã de sexta-feira (22.06), do Seminário sobre a hidrovia Paraguai-Paraná realizado na sede da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso, em Cuiabá.
De acordo com Silval, o govenador Blairo Maggi persegue desde o seu primeiro dia de governo a idéia de eliminar os gargalos logísticos do Estado de Mato Grosso e o transporte rodoviário é um deles. ?A hidrovia dará mais condições de competitividade aos produtores de Mato Grosso?, diz ele. Na cerimônia de abertura falou ainda, o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANAQ), Murilo Barbosa. Ele ressaltou a importância da temática da hidrovia ganhar visibilidade no país e aglutinar todos aqueles que precisam desta via de escoamento de produção.
Para Adalberto Tokarski, gerente de desenvolvimento e regulação da navegação Interior da ANTAQ e palestrante no seminário, a hidrovia se justifica porque Mato Grosso está no centro do continente e distante de todos os portos. ?Por isso nós só temos uma saída para sermos competitivos: a hidrovia. A rodovia deveria servir só para alimentar a hidrovia ou a ferrovia?, afirma ele. Adalberto concorda com a posição do governo do Estado e acrescenta que a hidrovia Paraguai-Paraná é estratégica não é nem só para o Estado de Mato Grosso, mas para todo o Brasil.
Segundo o economista e consultor político do Governo do Estado, Luiz Antonio Pagot, o seminário tem como objetivo debater com profundidade a hidrovia Paraguai-Paraná, principalmente agora que o agronegócio enfrenta uma crise. ?A hidrovia é um dos eixos estruturantes mais importantes para o Estado. Nós precisamos ter entrada e saída de produtos muito mais baratos do que hoje para podermos ser competitivos no mercado. É extremamente importante que nós possamos utilizar aquela hidrovia?, destacou.
Pagot lembrou também que, nos próximos meses, os impasses jurídicos que ainda travam a viabilidade da hidrovia deverão ser desobstruídos, facilitando a implementação do projeto.
Participaram do seminário representantes do Governo Federal e do Estado, secretários municipais de indústria e comércio, produtores de grãos, empresários do ramo do transporte e universitários, entre outros segmentos interessados no debate.